A espera acabou. Depois de anos na expectativa para o lançamento de uma nova aventura de Star Wars nos cinemas, chegou ao Brasil o sétimo capítulo oficial da franquia.
Sob o comando de J.J. Abrams, um dos diretores mais sigilosos de Hollywood, a produção estreou esta semana envolta de muito mistério, com poucos detalhes da trama conhecidos de antemão.
Por conta desse sigilo e por respeito aos fãs, a nossa crítica está livre de spoilers, para dar a chance para todo mundo se surpreender com a história nas salas de cinema, exatamente como deveria ser!
J.J. Abrams, trabalhando junto com o roteirista Lawrence Kasdan (veterano escritor da saga Star Wars), teve a missão de atualizar a sagrada franquia para os tempos atuais, e o resultado é quase inacreditável. O diretor não apenas tem sucesso em homenagear a trilogia original e satisfazer os fãs da antiga geração, como consegue habilmente estabelecer uma nova narrativa – com novos personagens e conflitos – para conquistar o público mais jovem.
O que se vê nas telas é justamente esse encontro entre o antigo e o novo, que permeia tanto a narrativa quanto a produção do filme em si. Sem entrar em detalhes sobre a história, Star Wars VII apresenta uma nova (e excelente) heroína em um papel central, a engenhosa Rey, que se aventura em uma grande jornada ao lado de lendas como Han Solo e Chewbacca.
É extremamente gratificante ver uma mulher assumindo um papel de destaque na franquia (de forma ainda mais proeminente do que Leia antes dela). Rey é uma personagem cativante, muito bem desenvolvida – com seus valores e também com seus próprios questionamentos – e que representa, melhor do que ninguém, a geração atual de espectadores.
Star Wars: O Despertar da Força conta ainda com o carismático BB-8, uma das melhores criações do novo filme e que tem tudo para roubar de C-3PO e R2-D2 o posto de droide favorito do público! J.J. e sua equipe conseguem aproveitar ao máximo as expressões do personagem, tanto para efeitos dramáticos quanto para momentos de humor.
Aliás, um dos grandes feitos do longa é justamente equilibrar o drama com ótimas e divertidas cenas de humor. O filme não esquece de entreter o público, de fazer piadas e brincadeiras no decorrer da narrativa. Isso cria uma agradável sensação de leveza na obra, algo que faltava nas prequels, e que remete diretamente ao clima do nostálgico Uma Nova Esperança.
A produção do filme também parece recuperar antigas técnicas de realização, usando mais efeitos práticos do que poderíamos imaginar. Certamente, as críticas ao uso excessivo de imagens geradas por computadores (CGI) nas prequels devem ter sido levadas em conta. Dependendo menos dos efeitos especiais, Star Wars: O Despertar da Força deixa uma impressão mais “realista” nas telas, para nossa satisfação.
Com todos esses acertos, é difícil não ceder à obra. Ao olhar para o passado e, ainda mais importante, por sinalizar o caminho para o futuro da saga, J.J. Abrams fez o impossível: atualizou a franquia para os tempos atuais, com a devida relevância e discussão cultural, agradando os fãs e potencialmente conquistando novos adeptos à Força. Que venha o Episódio VIII.
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