Em 2013, veio à tona a notícia de que a NSA estava usando escutas para espionar diversos líderes do Brasil — entre eles, a presidente da República, Dilma Rousseff. O responsável pelo vazamento dos documentos que revelaram esse esquema, Edward Snowden, usou sua conta no Twitter para “alfinetar” a governante na última quinta-feira (17).
“'Ficar no escuro' é um conto de fadas: 3 anos depois de os grampos de @dilmabr serem manchetes, ela ainda está fazendo ligações sem criptografia. #opsec”, afirmou Snowden. O ex-analista da NSA é responsável pela divulgação de informações de um imenso sistema de vigilância posto em ação pelos Estados Unidos em escala global.
"Going dark" is a fairy tale: 3 years after @dilmabr wiretap headlines, she's still making unencrypted calls. #opsec pic.twitter.com/ldxCsS4JdO
— Edward Snowden (@Snowden) March 17, 2016
O termo usado pelo ex-analista, "Going Dark", é uma gíria bastante usada no mundo da inteligência que se refere ao momento em que uma pessoa encerra suas comunicações como forma de proteção. No caso, isso pode se referir tanto ao momento político atual quanto à falta de criptografias que "silenciariam" as falas da presidente para possíveis escutas.
No caso das ligações entre Dilma e o ex-presidente Lula, o uso de técnicas de criptografia por parte da governante impediria o funcionamento correto dos grampos. Apesar de a Justiça ainda poder monitorar as ligações, dificilmente seria possível desembaralhar as conversas gravadas para descobrir seus conteúdos.
Em 2013, a descoberta causou tensões diplomáticas com o país norte-americano e acelerou o processo de votação do Marco Civil da Internet. A situação também gerou diversas discussões sobre segurança e criptografia, especialmente no que diz respeito à proteção de informações governamentais sensíveis e segredos de Estado.
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