Não há como negar que poder acessar sua conta bancária online é uma mão na roda. Afinal, ninguém quer ficar tendo que ir até o banco para cada conta ou pagamento. Mas, da mesma maneira, isso também pode se tornar um risco e tanto, já que quer dizer que hackers podem se aproveitar disso para ter acesso aos seus dados.
Se você acha que estamos exagerando, é melhor pensar novamente, pois os sistemas de internet banking se tornaram o principal alvo de ataques no Brasil. Isso é o que indica uma nova pesquisa feita pelos especialistas do Laboratório ESET: segundo eles, uma em cada dez ameaças detectadas no país corresponde a trojans bancários, que enviam seus dados para os cibercriminosos.
Para tal, eles utilizam um arquivo executável especial, chamado CPL (“Control Panel Application” ou “Aplicativo de Painel de Controle”, em português). Este é propagado daquela maneira bem conhecida: através de anexos em emails falsos, disfarçados de documentos de orçamentos, faturas, recibos, notas fiscais e afins.
Ainda mais atrativo no Brasil
Ao que tudo indica, a grande adoção dos brasileiros ao internet banking é o que torna os ataques mais atrativos para eles. “Durante a investigação, os especialistas da ESET notaram que o Brasil possui um ecossistema de cibercrime diferente do resto da região da América Latina”, disse Camillo Di Jorge, Country Manager da ESET no Brasil.
Di Jorge ainda continua: “A maneira como as ameaças são desenvolvidas e distribuídas demandam uma dedicação dos cibercriminosos, que geram os seus ataques de forma personalizada, levando em conta as diferentes formas de operações eletrônicas”.
Felizmente, a recomendação para evitar esses ataques é uma simples questão de prestar maior atenção nos emails recebidos: se forem de origem duvidosa, nem pense em abrir aquele arquivo anexo. Já no caso de empresas, é importante bloquear anexos com extensões como COM, CPL, EXE, JS e VBS, entre outros.
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