Construído usando como base o mouse Corsair Vengeance M65, voltado a games do gênero FPS, o modelo M95 prioriza jogos dos estilos RTS e MMO. Para isso, o produto adiciona uma série de botões ao lado esquerdo de sua superfície na tentativa de permitir que o usuário acesse rapidamente o comando que deseja.
Com um visual atrativo e a capacidade de trabalhar com a sensibilidade de 8.200 DPI, o acessório se mostra competente. No entanto, algumas falhas de design acabam custando caro ao dispositivo, que se prova menos intuitivo do que competidores diretos como o Razer Naga e o Logitech G600.
Especificações técnicas
- Sensibilidade programável de até 8.200 DPI
- 15 botões com funções personalizáveis
- Taxas de atualização: 1.000 Hz/500 Hz/250 Hz/125 Hz
- Compatível com Windows XP, Windows Vista, Windows 7 e Windows 8
- Preço médio: R$ 259 a R$ 349
Design
Quando se leva com consideração o universo dos mouses em geral, o Corsair Vengeance M95 possui um visual bastante convencional e familiar. Apresentando um perfil ligeiramente baixo, o dispositivo apresenta um botão esquerdo, um botão direito, uma roda de scroll clicável e dois botões que alternam entre diferentes perfis de sensibilidade em sua parte superior.
Enquanto a lateral direita possui um acabamento ligeiramente rugoso (o que ajuda a manter a estabilidade durante momentos de jogatina), a parte esquerda do mouse apresenta 9 botões com tamanhos e posicionamentos diferentes. Embora essa decisão da fabricante tenha como benefício apresentar uma área em que é possível descansar seguramente o dedo opositor, essa acaba se mostrando uma solução que traz desconforto ao usuário.
Para entender por que isso ocorre, é preciso estabelecer comparações com os acessórios da Razer e da Logitech citados no início desta análise — ambos dispondo de fileiras de botões organizadas em ordem lógica. Talvez na tentativa de tentar se diferenciar da concorrência, a Corsair optou por uma organização que é pouco intuitiva, cujo desempenho é prejudicado pela falta de qualquer espécie de diferenciação tátil sensível entre os botões disponibilizados pelo mouse.
Mesmo após muito treino, continua confuso lembrar-se do posicionamento exato de cada meio de entrada disponível — sendo que muitos deles exigem verdadeiros “malabarismos” com o dedo para que seja possível acessá-los. Dessa forma, na prática o usuário vai acabar usando somente 3 ou 4 dos botões disponíveis, ignorando os demais.
Essa situação é lamentável, visto que o Corsair Vengeance M95 brilha em todos os demais quesitos. Apresentando um design de construção sólido, o mouse possui uma empunhadura confortável e sua superfície inferior em alumínio se provou capaz de funcionar sem grandes problemas nas mais diversas superfícies. Vale lembrar, no entanto, que o produto simplesmente não foi feito para pessoas canhotas, que dificilmente conseguirão se acostumar ao formato dele, tampouco vão se beneficiar de seus botões laterais.
Software e instalação
Adotando uma entrada USB 2.0 convencional, o Corsair Vengeance M95 pode ser usado sem problemas assim que seu computador detectar e instalar o driver correspondente. No entanto, para realmente explorar o que o dispositivo tem a oferecer, é preciso baixar o software especializado disponibilizado pela fabricante em seu site oficial — cujo link de aceso, tragicamente, é apontado de maneira incorreta no manual do acessório.
Após você localizar e instalar o programa adequado, é possível usá-lo para ajustar a sensibilidade do dispositivo, determinar funções específicas a determinados botões e modificar a iluminação do aparelho. Todos esses processos podem ser feitos de maneira rápida e intuitiva, embora o gráfico que representa o mouse pudesse ser um pouco mais claro.
Infelizmente, o Vengeance M95 não armazena os diferentes perfis de uso em sua memória interna, tampouco dispõe de um sistema baseado na nuvem como aquele adotado pela Razer. Assim, caso você pretenda usar o dispositivo em várias máquinas (ou formatar o computador que está usando no momento), será preciso exportar e salvar manualmente suas configurações pessoais para poder ter acesso a elas em um momento futuro.
Desempenho
Fora o já relatado problema de posicionamento de seus botões laterais, não há do que reclamar em relação ao mouse da Corsair. O produto se comporta de maneira precisa e permite movimentos rápidos em qualquer direção, o que o torna uma opção boa para qualquer espécie de game — não somente aos MMOs e RTS aos quais é associado por sua fabricante.
Um dos destaques detectados durante a realização desta análise foi o “modo Sniper”, acionado através de um dos (poucos) botões laterais destacados no aparelho. Essa opção reduz drasticamente a sensibilidade do produto, o que permite realizar ajustes milimétricos em sua mira para atingir em cheio inimigos vistos em jogos de primeira pessoa.
Vale a pena?
Devemos ser sinceros: caso você queira o Corsair Vengeance M95 especificamente com o intuito de melhorar seu desempenho em games dos gêneros RTS e MMO, dificilmente o produto vai lhe satisfazer plenamente. No entanto, quem simplesmente deseja um acessório confortável, preciso e bonito — ainda que imperfeito em seu design — não vai ter do que reclamar.
Caso você não esteja interessado em investir o valor necessário para adquirir o produto (que varia bastante em terras brasileiras), pode ser uma boa ideia procurar pelo modelo M65. Embora mais antigo, o antecessor do M95 compartilha as mesmas características que o tornam um produto excelente, ao mesmo tempo em que custa menos e não traz os botões laterais que se mostram dispensáveis.
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