Jogando no celular e com force feedback (Fonte da imagem: Reprodução/Pedro Lopes)
Quando você está em uma disputa de pênaltis no FIFA 13 e, em uma cobrança decisiva, o controle começa a vibrar simulando o batimento cardíaco do atleta, você percebe que alguns detalhes são realmente capazes de deixar a experiência de jogo bem mais imersiva.
Pois de acordo com a revista New Scientist, um time de pesquisadores alemães trabalha em um projeto que vai levar o force feedback dos video games a um novo nível. A ideia é substituir os pequenos motorzinhos que fazem os controles vibrar por um novo dispositivo capaz de dar “choques controlados” nas mãos do jogador.
Não dói nada!
Segundo Pedro Lopes, um dos participantes do projeto em desenvolvimento no instituto Hasso Plattner, em Potsdam, Alemanha, a ideia é utilizar pequenos eletrodos para que a eletricidade estimule os nervos e, consequentemente, os músculos da mão e do braço. No estudo, a tecnologia é identificada como EMS – Electrical muscle stimulation.
Equipamento em testes na Alemanha (Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist)
O funcionamento seria muito semelhante ao processo utilizado para tratamento de pacientes com algum tipo de paralisia – e que precisam de estímulos elétricos controlados para fazer com que os seus músculos se movimentem e não apresentem atrofias.
De acordo com os cientistas, o contato da eletricidade com o sistema nervoso é totalmente sem dor e, com o uso de sistemas inteligentes, pode fazer com que você tenha espasmos e contrações musculares condizentes com os acontecimentos do seu game.
Já colocado em prática
O EMS já foi colocado em prática pelos estudiosos. Nos testes, os participantes puderam jogar um game experimental no qual eles precisavam controlar uma aeronave voando contra fortes rajadas de vento. De acordo com os cientistas, todos os participantes aprovaram a experiência trazida pelo novo sistema, que teria tornado tudo bem mais realista e divertido.
Outro ponto positivo identificado pelos pesquisadores alemães é o fato de que o EMS elimina a presença dos pequenos motores e, consequentemente, há menos “corpos físicos” compondo o controle dos video games. Dessa forma, equipamentos menores também poderiam vir a contar com recursos de force feedback, como tablets, celulares e outros portáteis.
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