Fazendas nas alturas: prédios com frutas, hortaliças e animais já estão em construção

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Houve um tempo em que a grande maioria dos territórios era tomada por fazendas. Com o crescimento populacional, o cenário modificou-se e, hoje, a maior parcela dos mesmos territórios é constituída de ambientes urbanizados. Estima-se que, em 2050, essa parcela chegue aos 80%.

O problema relacionado a esse crescimento pode ser resumido em uma pergunta: “Mas onde serão produzidos os alimentos para a população?”. Esse é o medo de grande parte das pessoas, que ainda não encontraram muitas formas de suprir essa demanda futura. Uma das alternativas mais faladas é a que apresentaremos neste artigo: fazendas verticais.

(Fonte da imagem: Behance/David Kilper)

Se você pensou em prédios com andares compostos por plantações; acertou. Não prédios como os que conhecemos hoje, mas sim alguns modelos que devem surgir em alguns anos, pensados especialmente para a referida finalidade. Confira agora como devem funcionar as construções verticais que levarão as fazendas para longe dos pastos.

Fazendas verticais: plantando nas alturas

As torres foram desenvolvidas para que fosse possível plantar uma variedade satisfatória de vegetais. Cada um dos “anéis” existentes na construção foi pensado para abrigar quantidades suficientes de terra e também para suportar o peso dos legumes, frutas e verduras que são produzidos neles.

A terra deve receber constante tratamento para que continue nutrindo os vegetais plantados, evitando que haja desgaste e, consequentemente, esgotamento do solo. Mas também é essencial que receba água. Para isso, as fazendas verticais ganham um sistema de irrigação bastante interessante.

(Fonte da imagem: Behance/David Kilper)

Parte da água utilizada é proveniente do armazenamento das águas pluviais (das chuvas), mas outra parcela é recebida pelos encanamentos urbanos e só chega até os andares mais altos por causa das bombas instaladas na parte inferior dos prédios. E para não fugir dos preceitos ecológicos, a bomba também ganha um “toque de sustentabilidade”: pela energia solar.

Armazenamento das safras

Você pode reparar nas imagens que ilustram este artigo que os prédios possuem uma estrutura, na parte inferior, que não abriga andares de plantação. São os silos, ou seja, os depósitos onde serão despejados os grãos, frutos e verduras colhidos pelos trabalhadores ou máquinas responsáveis.

Assim, as construções transformam-se em verdadeiras – e completas – fazendas, contando com todas as fases dos processos de plantio em uma única estrutura. Recapitulando: as sementes são plantadas nos andares de produção; a irrigação é feita por meio das águas armazenadas pela chuva; a colheita é feita no próprio prédio; e o depósito fica na mesma construção.

Também para animais

Além dos vegetais que podem ser plantados em cada um dos andares, alguns dos prédios serão equipados com recursos para a criação de animais. Fazendas para produção de carne bovina e suína, além de avícolas, poderão ser transportadas para as construções que estamos apresentando.

(Fonte da imagem: Behance/David Kilper)

Os prédios para criação animal são um pouco diferentes dos construídos para produção vegetal.  O sistema de irrigação pode ser aproveitado para alimentar os bebedouros de cada divisória, mas é necessária outra estrutura similar para enviar a ração aos comedouros. “Mas existe uma bomba para enviar a ração?”.

Na verdade, não. Não é viável utilizar propulsão para alimentar animais, pois o processo exige muita energia elétrica e também pode danificar os cereais utilizados. Portanto, os grãos de ração ficam armazenados no topo dos prédios e, em vez de subirem, aproveitam-se da gravidade para descer pelos tubos e chegar aos comedouros.

Prédios móveis

Um dos desafios impostos para a produção deste tipo de construção é a limitação de espaços nas cidades. Uma das ideias já estudadas é a utilização de peças desmontáveis para a estrutura deles. Assim, seria possível transportar as construções em épocas de pouca luz ou chuvas em determinadas localidades. Vale dizer que essa sugestão não seria possível se as fazendas verticais fossem criadas hoje.

Construções sustentáveis

Como já dissemos, há uma série de conceitos de sustentabilidade que foram aplicados no desenvolvimento dos projetos. Como os prédios demandam muita energia elétrica para alimentar as estufas e as bombas de irrigação, todas as construções serão realizadas com vários painéis de captação de luz solar.

(Fonte da imagem: Behance/David Kilper)

A água utilizada também deve atender aos anseios ecológicos. Em vez de utilizar 100% de água tratada, boa parte dos recursos pode ser oriunda da captação de águas da chuva. Até que seja possível construir esse tipo de fazendas, outras técnicas de sustentabilidade devem surgir, garantindo que ainda mais recursos possam ser reaproveitados.

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As imagens apresentadas aqui fazem parte do conceito criado por designers norte-americanos e ainda estão bem longe da realidade. O que se espera é que em cerca de quatro décadas eles comecem a ser produzidos para alimentar as populações urbanas.

O que você pensa a respeito disso? Será que as fazendas verticais podem ser uma verdadeira alternativa para gerar alimentos ou será possível encontrar alguma outra forma de resolver os problemas de “superpopulação versus escassez de alimentos”?

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