(Fonte da imagem: Reprodução/Extreme Tech)
Muitos especialistas acreditam que o futuro da tecnologia será a computação quântica. O sistema, que utiliza um processo de superposição de bits para aumentar a capacidade de processamento de dados, tem ainda muitos desafios – em termos práticos, teóricos e físicos – para resolver.
Cientistas da Oxford conseguiram, no entanto, avançar nas pesquisas e obter um resultado inédito com essa mecânica de computação. A equipe publicou um relatório de suas experiências na revista Science, na qual há detalhes sobre a manipulação dos qubits e sobre como aumentar o tempo de processamento em estado quântico.
Na computação tradicional, os dados são armazenados em bits que guardam uma resposta 0 ou 1 de informação. Na computação quântica, são utilizados os qubits, que podem conter esses dois valores sobrepostos ao mesmo tempo. Isso significa que esses computadores são capazes de realizar múltiplas operações simultâneas e com maior velocidade.
Qubits em baixas temperaturas
Apesar disso, os bits quânticos são muito difíceis de serem produzidos e controlados. A manipulação de partículas com cargas em sobreposição exige condições específicas do ambiente – a mais crítica entre elas é a necessidade de baixíssimas temperaturas. Até agora, as experiências com qubits alcançavam apenas 3 minutos de processamento em temperatura ambiente, antes de eles perderem seu estado quântico.
Porém, os pesquisadores de Oxford conseguiram produzir uma condição favorável para ampliar esse tempo dos qubits em até 39 minutos dentro de uma temperatura normal. Apesar de todos os bits quânticos nessa experiência permanecerem no mesmo estado físico (sem alteração e, portanto, incapazes de realizar cálculos), esse é um passo muito importante da comunidade científica na produção de um computador quântico comercialmente viável.
Futuramente, todos os aparelhos computacionais que conhecemos devem utilizar um mecanismo de processamento de dados com base nos bits quânticos. A velocidade de cálculo poderá ser dezenas de milhares de vezes maior do que estamos acostumados com a computação tradicional.
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