(Fonte da imagem: Amazon/Reprodução)
Reuters. Por Phil Wahba - A Amazon.com está pensando no longo prazo com seus pesados investimentos pesados em computação em nuvem, mas os investidores podem ver um pouco mais de chuva no curto prazo, quando o grupo de varejo online divulgar seus resultados, na terça-feira.
A companhia vem se dispondo a sacrificar parte de sua lucratividade para conquistar clientes e criar novos negócios. Investiu pesadamente em áreas como a "computação em nuvem", que permite a outras empresas armazenar dados em seus servidores, para enfrentar rivais como Google e Apple.
A Amazon também está apostando na abertura de novos centros de distribuição e em cimentar sua liderança como maior empresa mundial de varejo online.
Mas os investidores ficaram enervados com o efeito desses custos sobre a margem de lucro da empresa quando ela divulgou resultados trimestrais anteriores, em 27 de janeiro. As ações da companhia caíram 9 por cento quando do anúncio, apenas dias depois de atingirem um pico histórico de 191,60 dólares.
Os analistas de Wall Street estimam que a Amazon deverá publicar um lucro por ação de 0,61 dólar por ação relativo ao primeiro trimestre, ante 0,66 dólar no mesmo período em 2010, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.
Mas antecipam que o faturamento deve atingir 95,1 bilhões de dólares, ou 33,4 por cento a mais que o do ano passado. Muitos analistas acreditam que crescimento dessa ordem justifique certa dose de danos de curto prazo à lucratividade.
"Nossa expectativa é a de que a Amazon continuará a ganhar mercado em um ambiente de crescimento acelerado e que, apesar do investimento de curto prazo exigido pela aceleração do crescimento, sairá do processo beneficiada", escreveu Ken Sena, analista da Evercore Partners, em relatório divulgado na segunda-feira.
A Amazon.com informou aos investidores que deveriam contar com uma queda nas margens, no curto prazo. A companhia afirmou em janeiro que, no seu primeiro trimestre, a margem de lucro operacional cairia para entre 2,8 e 3,8 por cento, bem abaixo dos 5,5 por cento do primeiro trimestre de 2010.
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