Quando falamos em computação em nuvens, é preciso deixar de lado a ideia de que isso se resume à virtualização de ambientes. Apesar de esse tipo de serviço ser bem importante para a indústria e para o segmento, existe muito mais formas de utilização dessas ferramentas. Pois é... São muitas as maneiras de fazer com que as nuvens (ou seja, estações remotas ou servidores dedicados, por exemplo) trabalhem para os consumidores.
Apenas para citar alguns exemplos, podemos falar sobre a utilização de processamento por demanda para renderizações pesadas; a cessão de memória para soluções de segurança e; até mesmo a homologação remota de certificações. Hoje, já fica claro que a computação em nuvens não vai fracassar – ao contrário do que previam alguns analistas – e que há muito o que ser explorado no mercado.
Mas é preciso ter em mente que geralmente analisamos as possibilidades de computação em nuvens nos baseando em ambientes com muita estabilidade de rede – como alguns mercados da Europa e dos Estados Unidos. E quando enviamos as análises para nossa realidade brasileira e latino-americana... É possível que a internet cloud-based prospere? A resposta é “Sim” e que explicou melhor isso foi Raymundo Peixoto – VP de Soluções Empresariais da Dell no Brasil.
Quebrando a barreira da instabilidade
Como já dissemos – e como você deve saber por experiência própria –, a infraestrutura de internet no Brasil está longe de ser ideal. Isso não faz apenas com que os downloads sejam mais lentos, mas também leva insegurança às empresas que estão começando seus investimentos em cloud. E é nesse ambiente que uma nova forma de utilizar as nuvens pode começar a se fortalecer: as nuvens híbridas.
De acordo com Raymundo Peixoto, esse tipo de utilização é a que oferece maiores vantagens para ambientes de instabilidade. Mesclar a utilização de nuvens privadas (da própria empresa) com nuvens públicas (Azure, Amazon) pode fazer com que as informações sejam mantidas em segurança e com a estabilidade necessária para não comprometer dados – e quando falamos sobre Big Data, manter informações seguras é vital para as finanças.
O executivo da Dell citou uma solução da própria empresa para explicar como isso pode garantir segurança aos consumidores. Com soluções de software como o Cloud Manager, torna-se possível fazer com que os sistemas interpretem necessidades automaticamente e, assim, façam o deslocamento automático de recursos entre as plataformas disponíveis. Ou seja: com base na própria demanda, o software pode direcionar o acesso e a distribuição.
Quando analisamos isso em larga escala, fica mais claro os motivos pelas quais a Dell está investindo em nuvens híbridas. Oferecer “armazenamento e velocidade para os consumidores” é algo que já acontece há algum tempo, mas a oferta disso com a adição de “estabilidade e novas possibilidades” nem tanto. E inovar é sempre bom nesse mercado tão disputado.
Vencendo a crise
Quando perguntado acerca das possíveis interferências que as incertezas financeiras do Brasil poderiam causar à Dell, Peixoto foi bem enfático. Ele nos disse que pequenas e médias empresas continuam investindo em soluções de cloud por enxergar na tecnologia uma nova ferramenta no combate às possíveis crises – lembrando nisso as possibilidades de otimização de recursos, por exemplo.
De uma maneira bem resumida, podemos dizer que a Dell enxerga um cenário interessante para os próximos anos no Brasil. Apesar de ser provável que a empresa tenha uma redução considerável no volume de vendas para os consumidores individuais, ela aposta forte nas nuvens híbridas e em como isso pode interferir positivamente em seu balanço. Como o CEO Michael Dell costuma deixar claro: "São as vantagens de trabalhar com capital fechado".
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O TecMundo viajou ao Dell World 2015 a convite da Dell
Fontes