(Fonte da imagem: iStock)
A suspensão de um carro, explicando de maneira simples, é o nome dado ao sistema de molas, amortecedores e barra estabilizadora que conectam o veículo às rodas. O conjunto faz parte dos chassis e os seus principais objetivos são aguentar o peso do veículo, absorver os impactos, suportar as manobras e manter o contato dos pneus com o solo, garantindo o conforto dos passageiros e a estabilidade do carro.
Se as estradas fossem planas e estivessem sempre em perfeitas condições, sem qualquer tipo de irregularidade, não seria necessária a instalação de um sistema de suspensão. No entanto, como isso não é uma realidade, qualquer buraco ou elevação em uma pista gera um movimento com força e sentido variado nas rodas, que é imediatamente absorvido pelo mecanismo, fazendo com que o carro permaneça estável.
Com os anos, vários tipos de suspensão foram desenvolvidos fazendo adaptações aos mais variados estilos de veículos. Por exemplo: o sistema utilizado em um carro “comum” é diferente daquele empregado em um modelo esportivo ou um carro de corrida. Da mesma forma, um carro off-road requer um mecanismo diferente para o seu tipo de uso.
Suspensão ativa e passiva
Em um sistema de suspensão passivo, o movimento das rodas é determinado pela superfície da via na qual o veículo estiver trafegando. Normalmente, é utilizado um conjunto de molas nas quais a energia é armazenada para ser dissipada, em seguida, pelo amortecedor do carro. Os parâmetros do conjunto são fixos, tendo como base de cálculo o melhor desempenho obtido considerando peso, carga, habilidade para executar manobras e qualidade na condução.
(Fonte da imagem: HowStuffWorks)
A suspensão ativa utiliza uma tecnologia que controla os movimentos verticais das rodas com um sistema de bordo, não deixando que essa característica seja inteiramente indicada pelas condições da estrada, como acontece na suspensão passiva.
Como funciona a suspensão ativa
Há vários tipos de suspensão ativa empregados pelas mais variadas montadoras e conforme o propósito do carro. Porém, de uma forma geral, a suspensão ativa utiliza sensores para a coleta de dados e essas informações identificam as condições da via e do veículo, para indicar quais tipos de movimento devem ser empregados pelo conjunto de suspensão do carro.
Uma suspensão ativa tem a habilidade de armazenar, dissipar e introduzir energia no sistema, e os seus parâmetros variam conforme as condições de operação. Esse modelo de sistema foi o primeiro a utilizar um conjunto de atuadores separados que podem exercer movimentos independentes e aguentar cargas variadas de força.
(Fonte da imagem: Honda Motor via HowStuffWorks)
Dessa maneira, esses atuadores são capazes literalmente de erguer ou abaixar o chassi de maneira independente para cada uma das rodas, minimizando a sensação de impacto no interior do veículo. Ou seja, a suspensão ativa é capaz de corrigir a movimentação do veículo de acordo com as imperfeições da pista com mais eficiência, melhorando a habilidade de fazer manobras, a aceleração e a frenagem do veículo.
Os problemas de uma suspensão ativa, ao menos até o presente momento, são o seu alto custo, a quantidade de peças envolvidas (e a complexidade do mecanismo) e a necessidade constante de manutenção. No caso do último tópico, normalmente apenas as mecânicas autorizadas das montadoras possuem as peças e ferramentas necessárias para a tarefa.
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