A Organização Mundial do Comércio (OMC) negociou, na última semana, um acordo comercial para eliminar as tarifas de importação em 80 países sobre 200 produtos eletrônicos, incluindo video games e semicondutores. O Brasil, no entanto, não se encontra entre as nações que irão aderir ao tratado.
O acordo, que deverá ser assinado pelos representantes dos países até o próximo final de semana, demonstrou a última grande negociação da OMC nos últimos 18 anos. Entre os beneficiados pelos cortes nas taxas estão os Estados Unidos, a China, a Coréia do Sul e as nações da União Europeia — todos integrantes do Tratado Internacional da Tecnologia da Informação (ITA).
O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, comemorou pelo Twitter o sucesso do acordo no último sábado (18). “Estamos muito otimistas de que teremos um acordo final até o fim da próxima semana”, comentou o representante, que também é brasileiro.
Para defender o posicionamento do país, a Folha de S. Paulo ouviu o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. "Nunca quisemos participar do ITA”, comentou ele para o jornal.
“Se isso acontecesse, praticamente não teríamos mais indústria eletroeletrônica no país", complementou, destacando os baixos preços dos itens chineses, os altos custos de produção no Brasil e o câmbio valorizado dos últimos anos.
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