Um novo e visionário líder indígena foi eleito para mediar as relações entre a Navajo Nation, organização que representa tribos nativas que vivem em parte do Grand Canyon, e o governo dos EUA. E o plano é ousado: Russel Begaye, o agora presidente do órgão, quer construir um Imax, um shopping e um bondinho aéreo até o ano de 2017 sobre o maior vale do planeta.
Para impulsionar o comércio local, explorar o potencial turístico e criar emprego à população da região, Begaye quer também a edificação de um hotel e de uma estação férrea. Mas o projeto de desenvolvimento não tem sido visto com bons olhos por todos os habitantes de lá. As tribos de Hopi, Zuni e uma fatia dos Navajos enxergam o concreto como uma violação às suas “moradias espirituais”.
O complexo teria o custo de US$ 1 bilhão e seria conduzido pelo grupo italiano Confluence Partners. Contra a expansão industrial da região já são 120 mil pessoas, que assinaram, inclusive, uma petição para a preservação do santuário. As instalações seriam feitas sobre uma área de 420 acres; a estação ferroviária transportaria carvão e parte da colheita cultivada sobre as terras secas do Grand Canyon.
Quem é contra
A petição contra a construção do centro comercial sobre a região está online. “Precisamos fazer com que a comunidade mostre à Confluence Partners a importância dos direitos indígenas para que a construção de um shopping sobre a natureza do Grand Canyon não seja feita”, diz o documento.
“Este é um local de descanso espiritual”, disse Leigh J. Kuwanwisiwma, diretor do Escritório de Preservação Cultural da Tribo de Hopi à NBC. O projeto para a construção das instalações não foi aprovado e sequer entrou para discussão junto do Legislativo. Fato é que a intenção de se desenvolver a região por parte de certos nativos existe, mesmo que contrária aos princípios culturais indígenas.
Via EmResumo
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