Pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausana (EPFL), na França, descobriram que a teia de aranha pode ser utilizada para a criação de um sensor químico mais barato e biodegradável. De acordo com os cientistas, a seda produzida pelos aracnídeos possui a mesma capacidade de conduzir luz presente nos cabos de fibra óptica – com o diferencial de ser feita com proteínas que reagem a compostos químicos.
A estrutura da teia sofre alterações ao entrar em contato com moléculas polares, e, por consequência, altera momentaneamente sua forma de transmitir luz. Sabendo disso, os pesquisadores esticaram fios da seda em um pequeno suporte e aplicaram um feixe de laser em uma de suas extremidades. Na outra, foi posicionado um sensor capaz de medir a recepção em escala infinitesimal. Caso haja qualquer alteração na medição, é um sinal de que a teia está reagindo com algum composto químico presente no ar.
Os franceses estão trabalhando com fios de 5 micrômetros de diâmetro, produzidos por aranhas da espécie Nephila edulis criadas em cativeiro – embora já existam teias artificiais, elas não possuem as mesmas propriedades daquelas produzidas naturalmente. Por ser reutilizável e biodegradável, um sensor químico feito com o material inusitado poderia ser empregado em implantes em seres vivos.
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