O maior reservatório de água (uma imensa nuvem de gelo) já encontrado pela humanidade poderia encher todos os oceanos da Terra até 140 trilhões de vezes. Sabemos desde 1976 que há água na Lua, e a também chamada “essência da vida” foi recentemente descoberta em estado líquido em Marte. Mas o que para-brisas que se congelam após noites frias de geada têm a ver com a água congelada do espaço?
Conforme explica um artigo publicado pelo Gizmodo, o fenômeno comumente observado por quem tem de limpar vidros após madrugadas gélidas se repete por todo o Universo e pode servir como analogia ao entendimento da formação de nuvens de gelo sobre planetas, luas ou asteroides. Imaginar “piscinas de gelo” pairando pelo vácuo não é difícil, mas como a água se mantém agrupada?
Nuvens de gelo
Gotas-d’água não vagam pelo espaço. Sob o vácuo do Universo, a água em estado líquido “ferve” antes de congelar devido à falta de pressão, que é a responsável por “amarrar” todas as moléculas. A energia cinética gerada a partir da quebra dessas estruturas faz com que calor seja liberado. A água restante – que não foi dissolvida em função da quebra do modelo molecular – apenas então é congelada.
Mas há ainda outra forma de se explicar a formação das nuvens de gelo – e é aqui que os padrões de geada encrustada em para-brisas entram em cena. Pode ser que as moléculas pulem o estágio líquido e que, do estado gasoso, passem diretamente para o estado sólido. Isso acontece devido ao encontro das moléculas de água com outras moléculas (como poeira ou sal).
No espaço, assim como acontece durante noites de geada, isso se repete (moléculas de água se encontram com sal ou poeira). O resultado é a formação de nuvens de gelo colossais – daquelas capazes de funcionar como combustível até mesmo para buracos negros.
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