Nosso país vai ganhar no próximo dia 14 um laboratório completo de microscopia eletrônica na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele será o mais avançado centro de estudos do Brasil com a função de caracterizar materiais de engenharia e bioengenharia.
A configuração do microscópio de transmissão permite a realização de mapeamentos em alta velocidade, um enorme diferencial desse laboratório.
No Núcleo de Microscopia Eletrônica da Coppe poderão ser encontrados equipamentos de última geração que possibilitam estudar materiais em escala nanométrica, como microscópios eletrônicos de transmissão e de varredura com resolução atômica capazes de mapear a composição química dos materiais, identificar o átomo e sua posição relativa e efetuar a reconstrução tridimensional de fases e precipitados.
A configuração do microscópio de transmissão permite a realização de mapeamentos em alta velocidade, um enorme diferencial desse laboratório. Com seus quatro detectores de raios X em sua coluna, o equipamento é capaz de realizar em minutos uma análise que anteriormente levava cerca de 6 horas para ser concluída.
Estrutura robusta
Foi necessário instalar dois blocos inerciais enormes, independentes do edifício onde se encontram, para que os resultados dos testes realizados no laboratório fossem os mais precisos possíveis. O prédio de 205 metros quadrados recebeu os blocos de 54 e 80 toneladas, feitos de granito, que evitam até mesmo as mínimas vibrações externas de alta e baixa frequência. O laboratório também ganhou um sistema de refrigeração de ar especial com baixa velocidade de sopro e estabilidade de 0,2° C/h, tudo isso para manter a estabilidade térmica das instalações.
O custo da construção do edifício e da aquisição de todo o equipamento necessário para a montagem do laboratório foi de cerca de R$ 7,3 milhões.
O custo da construção do edifício e da aquisição de todo o equipamento necessário para a montagem do laboratório foi de cerca de R$ 7,3 milhões. O próximo passo é a construção de um prédio anexo para abrigar outros ambientes especiais que devem servir para a preparação de amostras e salas administrativas.
O novo Núcleo de Microscopia Eletrônica da Coppe vai investir na pesquisa de novos materiais, como nanotubos e grafenos, e vai trabalhar no estudo de novos polímeros catalisadores para o desenvolvimento de células a combustível e novos supercondutores.
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