A tecnologia de impressão em 3D está cada vez mais mostrando suas utilidades em diferentes ramos da ciência. Nesta semana, ela foi extremamente útil para uma operação que separou duas gêmeas siamesas que nasceram na China há três meses.
As meninas eram unidas pelo quadril e compartilhavam a parte inferior da coluna vertebral e o canal anal. A cirurgia de separação era complicada, mas foi testada anteriormente em modelos impressos em 3D. A tecnologia ajudou a esclarecer como era o corpo das irmãs e quais os riscos da separação.
Impressão em 3D da estrutura óssea das irmãs permitiu uma precisão maior na hora de realizar a cirurgia
Maior precisão
O modelo impresso em 3D dos corpos das meninas permitiu uma precisão muito maior na hora da cirurgia, que durou cinco horas e foi realizada na terça-feira (09), na cidade de Xangai, na China. Uma equipe de dez cirurgiões esteve envolvida, com especialistas em neurologia, cirurgia plástica e ortopedia.
Os médicos acreditam que em apenas três dias as irmãs já poderão deixar a unidade de terapia intensiva do hospital e em até duas semanas deverão receber alta. O médico Zheng Shan, vice-presidente do Hospital Universitário Fudan e responsável pela cirurgia que separou as irmãs, disse que a tecnologia foi fundamental para o sucesso da operação.
Após três meses unidas, as irmãs se recuperam em camas separadas e deverão ganhar alta em duas semanas
Vida normal
A parte mais complicada, segundo Shan, foi a separação e a religação dos nervos, além da reconstrução do canal anal que era compartilhado pelas irmãs. Apenas 18% dos gêmeos siameses são unidos pelo quadril, sendo que a maioria tem uniões pelo tórax ou abdômen. Outra curiosidade é que 70% desse tipo de gestação acontece com bebês do sexo feminino e ocorre 1 a cada 200 mil nascimentos.
As duas irmãs levarão uma vida normal após a recuperação. Essa foi a primeira cirurgia desse tipo a contar com a tecnologia de impressão em 3D na China.
Via EmResumo.
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