(Fonte da imagem: Reprodução/YouTube)Se você tentasse imaginar como seria a aparência do som, provavelmente pensaria em alguma imagem de uma onda. Visto que ninguém pode ver “rabiscos” como esses com os próprios olhos, nos perguntamos como seria, então, ver o som graficamente na vida real. A resposta, que pode ser comprovada na experiência a seguir, é: ele se parece com uma rajada de ar.
Michael Hargather, professor de Engenharia Mecânica do Instituto de Tecnologia e Mineração do Novo México, usou uma avançada técnica científica de fotografia para estudar as ondas de choque causadas por explosivos. Ele filmou desde um homem batendo palmas, passando por livros batendo na mesa até uma metralhadora AK-47 disparando. As imagens retiradas dos sons desses eventos podem ser vistas no vídeo abaixo.
A ciência por trás do espetáculo
Quando a luz passa entre áreas de diferente densidade, ela se distorce. Você provavelmente já percebeu em um dia quente como uma área de asfalto distante parece trêmula ou como as estrelas às vezes parecem piscar. Você está vendo uma luz que está se distorcendo enquanto passa por variadas densidades de ar, que são, por sua vez, criadas por variações de temperatura e pressão.
Na metade do século 19, o físico alemão August Toepler inventou uma técnica de fotografia chamada Fluxo de Visualização Schlieren para capturar visualmente essas mudanças na densidade. A teoria é meio difícil de se descrever apenas em palavras — o vídeo explica de forma mais gráfica —, mas permite que cientistas e engenheiros vejam o que normalmente é invisível: o calor que sobe de uma vela, a turbulência ao redor da asa de um avião, a rajada de um espirro.
(Fonte da imagem: Reprodução/Sploid)
O conceito de Schlieren também pode ser usado para ver o som. Afinal, som é apenas outra mudança de densidade do ar, uma onda comprimida ambulante. Um emissor empurra o ar ao redor, criando uma onda que viaja no ambiente exterior até encontrar o ouvido do receptor. Ondas de som viajam extremamente rápido — 343 metros por segundo, aproximadamente —, logo, uma câmera de alta velocidade é necessária para ver a passagem dessa onda.
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