(Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist (YouTube))
Quem está sempre por dentro das notícias relacionadas à ciência e medicina aqui do Tecmundo, já deve ter visto diversas matérias relacionadas a implantes cardíacos e métodos de carregamento facilitado para eles — incluindo sistemas de carregamento sem fio, que poderiam evitar a troca de baterias por meio de cirurgias mais invasivas. E a notícia de hoje pode ser ainda mais impressionante.
Cientistas da Universidade de Illinois (Estados Unidos) estão desenvolvendo um sistema bem interessante de geração de energia elétrica. Utilizando materiais pizoelétricos — que conseguem gerar eletricidade de acordo com a pressão que é aplicada sobre as camadas de elétrons —, eles conseguiram fazer com que o próprio batimento cardíaco gere eletricidade suficiente para carregar o marca-passo, por exemplo.
Como revelado no New Scientist, os cientistas utilizaram titanato-zirconato-de-chumbo (um material cerâmico que apresenta propriedades piezoelétricas) e aplicaram a liga sobre uma base de silicone flexível, já no formato ideal para ser ligado ao órgão que seria utilizado. Todo o sistema funciona conectado a uma bateria elétrica e foi testado em corações, pulmões e diafragmas de animais.
Energia de verdade
De acordo com os testes, foi possível conseguir energia suficiente — cerca de 0,2 microwatts por centímetro quadrado — para manter as baterias recarregadas, de um modo que permita mais autonomia aos pacientes que necessitam de implantes eletrônicos — não demandando as cirurgias de manutenção já mencionadas. Há informações ainda de que várias camadas da liga sem colocadas juntas para a obtenção de mais energia.
É preciso pensar que ainda vai demorar algum tempo até que os cientistas possam levar o sistema piezoelétrico aos corações humanos. Antes de qualquer tentativa de homologação do projeto, eles precisam continuar com os testes para saber se é possível manter os implantes em funcionamento por vários anos sem apresentar falhas que possam causar problemas para os pacientes.
Quer ver o projeto em funcionamento?
Caso você tenha ficado curioso para saber como é o funcionamento prático do sistema, você pode assistir ao vídeo criado pelos cientistas. Antes de clicar sobre este link para assistir ao vídeo, pense se você tem o estômago forte, pois as imagens podem ser um pouco chocantes para quem tem o estômago mais sensível. Você vai ter coragem de assistir?