(Fonte da imagem: Reprodução/ExtremeTech)
Pesquisadores chineses conseguiram criar uma capa de invisibilidade baseada em Teflon que pode ser feita em apenas 15 minutos. O processo, chamado otimização de topologia, usa um software de computador para desenvolver automaticamente materiais específicos usando algoritmos. Uma vez que o projeto atinja as propriedades desejadas, ele pode ser produzido usando uma impressora 3D ou maquinário industrial controlado por PCs.
Para criar a capa, os cientistas da Universidade de Zhejiang, na China, se basearam em um modelo digital de um objeto sólido cercado por um material específico. O software simula a forma como essa camada dobra e distorce a radiação eletromagnética (como luz ou micro-ondas) em volta do envolvido e usa um algoritmo para lentamente alterar o formato e design da cobertura para que ela consiga tornar o item invisível com o mínimo de distorção possível.
As capas de invisibilidade já desenvolvidas costumam ser constituídas de metamateriais, que são elementos criados pelo homem e tem propriedades que não são encontradas na natureza. Esses materiais podem ter a capacidade de dobrar a luz e guiá-la ao redor de objetos sem criar distorções, mas seu processo de fabricação é complicado e demorado – e, portanto, caro.
A solução vem da cozinha
Tentando baratear o processo, pesquisadores têm buscado soluções alternativas aos metamateriais, como espelhos comuns e a substância antiaderente normalmente presente nas panelas. Também conhecido pelo nome genérico politetrafluoretileno (PTFE), o Teflon é um polímero que pode ser facilmente adaptado às especificações da otimização de topologia.
(Fonte da imagem: Reprodução/ExtremeTech)
Uma vez que o modelo digital tenha sido adequadamente alterado, o computador dos cientistas chineses envia o projeto para máquina de gravação Jingdiao CNC, que faz com que o Teflon fique com o mesmo formato e padrão especificados. De acordo com o Technology Review, essa foi a primeira vez que a optimização de topologia foi aplicada ao mundo físico.
A capa final, que lembra uma pálpebra, conseguiu proteger completamente de micro-ondas um disco de metal do tamanho de uma ficha de pôquer. Os pesquisadores afirmar que é perfeitamente possível fabricar uma cobertura que faça o mesmo com luz visível, mas ainda não o fizeram. Ainda será preciso muito trabalho para criar materiais que possam cobrir uma grande variedade de frequências em diversos ângulos, mas o conceito geral parece firme.
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