A Neuralink, empresa de Elon Musk que pretende implantar chips no cérebro de pessoas e permitir o controle de cursores e até objetos com a mente, tem uma rival de peso em ascensão. É uma companhia da China, que conseguiu um financiamento recorde para expandir as atividades de pesquisa no setor.
Fundada em 2021, a StairMed tem sede em Pequim e alega ter um desempenho ainda melhor do que a Neuralink em certas áreas. A empresa conseguiu um novo financiamento de 350 milhões de yuan (ou cerca de R$ 278 milhões, em conversão direta de moeda), que é o maior já registrado entre empresas da região que lidam com interfaces cérebro-computador.

O dinheiro será usado para acelerar e expandir os testes clínicos e as pesquisas da companhia, além de permitir a construção de uma nova fábrica. A empresa de capital de risco Lilly Asia Ventures foi uma das participantes da rodada de investimentos.
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Até agora, o anúncio oficial da StairMed foi feito apenas na conta da companhia na rede social chinesa Weibo. A empresa não tem aprovação fora da China para realizar os experimentos e, ao menos pelos próximos anos, deve se manter restrita ao mercado local.
Os avanços da Neuralink
A StairMed garante que é capaz de produzir um implante cerebral com um quinto do tamanho dos eletrodos atualmente usados pela Neuralink e bem mais leves e suaves que a concorrente. Os componentes são "ultraflexíveis", muito mais finos que um fio de cabelo e, segundo a empresa, não geram reações do tecido do cérebro em momentos de contato.
A ideia da marca é principalmente aplicar os implantes em pessoas com dificuldades de movimentação dos braços, para que elas consigam usar interfaces computacionais e certos dispositivos a partir da leitura das ondas cerebrais. Em fases futuras do projeto, a ideia é até buscar formas de ajudar pacientes com paralisia nas pernas, outras condições motoras e até doenças neurológicas, como o mal de Parkinson.
A companhia de Elon Musk já está em atividade há mais tempo. Depois de anunciar avanços em pesquisas com animais, a companhia conseguiu aprovação das autoridades regulatórias dos Estados Unidos para fazer testes com humanos. Até o momento, foram divulgados os resultados de dois experimentos bem sucedidos. No segundo deles, o voluntário conseguiu até fazer tarefas como usar softwares de edição de conteúdo e jogar no computador.
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