Um piloto ucraniano realizou um feito impressionante até então inédito usando um caça F-16. Pela primeira vez, um militar usando esse modelo de aeronave militar conseguiu derrubar seis mísseis inimigos em um único voo usando os armamentos disponíveis.
O relato foi publicado nas redes sociais pela Força Aérea da Ucrânia, mas não foi confirmado por veículos de imprensa locais. Além disso, não há materiais em vídeo até o momento que mostrem o caça abatendo os mísseis como descrito.
Segundo o órgão militar, o recorde foi batido durante um ataque massivo de drones e mísseis realizado pela Rússia em 13 de dezembro de 2024. Quatro dos mísseis de cruzeiro (classificação para explosivos guiados e a jato, voando em baixas altitudes) da Rússia teriam sido derrubados pelos próprios mísseis da aeronave, o que já seria um feito impressionante.
Porém, ainda de acordo com o relato, o piloto acabou avistando um novo míssil em direção ao território ucraniano e decidiu derrubá-lo usando o canhão rotativo de 20 mm usado pela aeronave como artilharia principal. A tarefa era considerada bastante difícil por exigir uma boa mira, já que o projétil inimigo chegava a 650 km/h, e também perigosa, por envolver um F-16 já com combustível baixo e vulnerável a possíveis ataques por estar quase desarmado.
Ao conseguir atingir o alvo, o piloto notou uma segunda explosão: por acidente, ele derrubou também um segundo míssil que estava próximo e acabou atingido junto, chegando a seis projéteis ao todo impedidos de chegar ao alvo por uma única pessoa no ar.
A guerra tecnológica entre Rússia e Ucrânia
A publicação da Força Aérea local cita que os pilotos ucranianos foram treinados nos Estados Unidos para usar o F-16 inclusive para abater mísseis com os canhões de artilharia, mas nunca tinham conseguido fazer isso com sucesso em combate.
A Ucrânia recebeu em agosto uma série de unidades do caça F-16 dos Estados Unidos, para serem usados principalmente para repelir ataques das forças aéreas russas.
Para além do uso de aeronaves de combate, ambos os lados têm adotado táticas modernas e tecnologias militares até então pouco utilizadas em outros conflitos. A própria Ucrânia realizou um ataque massivo usando drones em setembro do ano passado, com 144 drones abatidos.
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Desde 2022, quando a Rússia invadiu um território pertencente à Ucrânia pela primeira vez na atual guerra, foram registrados recursos como "drones kamikaze" e ciberataques voltados para órgãos públicos e sistemas essenciais dos países. Além disso, até inteligência artificial (IA) já foi aplicada para treinar e melhorar drones a partir de dados coletados em combate.
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