Quer ficar por dentro das últimas novidades do espaço? Toda semana, o TecMundo e a equipe do #AstroMiniBR, selecionam as curiosidades astronômicas mais relevantes para te levar em uma jornada incrível pelo nosso vasto universo. Confira!
1. Os 6 planetas errantes descobertos pelo James Webb
No segundo semestre de 2024, o Telescópio Espacial James Webb identificou seis novos “planetas errantes” — corpos celestes que não orbitam nenhuma estrela e vagam livremente pelo espaço. Estes objetos intrigam os cientistas, pois sua origem e características ainda são pouco conhecidas.
A observação desses planetas errantes foi possível graças à sensibilidade e precisão do James Webb, que detectou a fraca emissão térmica desses corpos frios e isolados no aglomerado estelar NGC 1333, a cerca de mil anos-luz da Terra.
Estudos subsequentes buscarão determinar as massas, composições atmosféricas e possíveis origens desses planetas. Uma hipótese é que eles tenham sido ejetados de seus sistemas estelares originais devido a interações gravitacionais intensas.
A descoberta desses mundos solitários adiciona novas evidências às teorias tradicionais de formação planetária e sugere que a galáxia pode abrigar um número significativo de planetas não ligados a estrelas.
Compreender a natureza desses objetos é fundamental para entender a dinâmica dos sistemas planetários e como elas podem ser influenciadas pela dinâmica de regiões locais da galáxia hospedeira.
2. O objeto mais distante que podemos ver a olho nu
A galáxia de Andrômeda, também conhecida como M31, é uma das galáxias mais fascinantes do céu noturno. Localizada a aproximadamente 2,5 milhões de anos-luz da Terra, ela é a galáxia espiral mais próxima da Via Láctea e pode ser observada a olho nu sob céus escuros e longe da poluição luminosa.
Andrômeda é composta por cerca de um trilhão de estrelas e tem um diâmetro estimado de 220 mil anos-luz, sendo significativamente maior do que a Via Láctea. Sua proximidade relativa e brilho intrínseco possibilitam vê-la sem equipamentos, aparecendo como uma mancha difusa no céu, geralmente visível na direção da constelação de Andrômeda.
O motivo de Andrômeda ser a luz mais distante que podemos ver a olho nu está relacionado à combinação de sua luminosidade e proximidade. Ela é extremamente brilhante porque contém uma alta quantidade de estrelas e gás, e sua localização relativamente próxima (em termos cósmicos) permite que sua luz chegue até nós sem ser completamente dispersa pelo espaço interestelar.
Além disso, a luz que vemos de Andrômeda partiu de lá há 2,5 milhões de anos, o que significa que a observar é como olhar para o passado, testemunhando como era essa galáxia quando os primeiros ancestrais humanos começavam a surgir na Terra.
3. As Quadrântidas iluminam os céus!
Desde o final de dezembro está ocorrendo nos céus a chuva de meteoros Quadrântidas. Embora seu pico tenha acontecido entre a noite do dia 3 e a madrugada do dia 4 de janeiro, essa chuva continua proporcionando aos observadores uma taxa significativa de meteoros por hora.
Originadas de partículas deixadas pelo asteroide 2003 EH1, as Quadrântidas são conhecidas por meteoros brilhantes e de movimento rápido. Embora seja melhor visível no hemisfério Norte, meteoros também são vistas nos céus do Sul para os observadores mais pacientes.
Apesar das condições climáticas adversas em algumas regiões, muitos entusiastas da astronomia têm conseguido apreciar e registrar este espetáculo celeste. As Quadrântidas são uma oportunidade anual para educadores e astrônomos amadores promoverem o interesse pela ciência e pelo estudo do cosmos.
Além de sua beleza, eventos como esse oferecem dados valiosos sobre a composição e trajetória de detritos espaciais, contribuindo para a compreensão da dinâmica gravitacional do nosso sistema solar.
Gostou de explorar um pouco mais os mistérios do universo?Então não perca a próxima #AstroMiniBr! Te esperamos por aqui, no TecMundo todas as segundas-feiras.
Categorias