#AstroMiniBR: os segredos de uma das galáxias mais distantes do Universo

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Imagem: NASA/ESA/CSA

No TecMundo, você fica sempre atualizado com as últimas novidades sobre o nosso Cosmo! Toda semana, nós e a equipe do #AstroMiniBR selecionamos as notícias mais relevantes e curiosas da astronomia. Confira abaixo!

1. Os segredos da galáxia GN-z11

Utilizando observações deste ano feitas pelo Telescópio Espacial James Webb, uma equipe internacional de pesquisadores aprofundou o estudo da GN-z11, uma galáxia situada a 13,4 bilhões de anos-luz, formada apenas 430 milhões de anos após o Big Bang.

Essa galáxia foi inicialmente detectada pelo Hubble, mas observações recentes do Webb revelaram detalhes extraordinários, incluindo evidências de um buraco negro supermassivo ativo em seu centro.  Com massa estimada em cerca de 2 milhões de vezes a massa do Sol, ele estaria em intensa atividade, gerando ventos galácticos de alta velocidade.

Galáxia GN-z11, formada quando o Universo tinha pouco mais de 400 milhões de anos.
Galáxia GN-z11, formada quando o Universo tinha pouco mais de 400 milhões de anos. (Fonte: NASA/ESA/CSA)

Além do buraco negro, os cientistas também identificaram uma região com gás hélio ionizado no halo da galáxia, o que indica a presença de matéria primordial ainda intocada, provavelmente remanescente da formação do universo. Isso aumenta as chances de detectar estrelas da População III, compostas quase exclusivamente por hidrogênio e hélio, o qual foram as primeiras a brilhar no Cosmos.

Estas descobertas ampliam o nosso conhecimento sobre como as primeiras galáxias evoluíram e como estruturas complexas surgiram no universo primitivo.

2. A tempestade hexagonal de Saturno!

A tempestade hexagonal no polo norte de Saturno é um fenômeno atmosférico único no Sistema Solar, que intriga cientistas desde sua descoberta pela sonda Voyager nos anos 1980. Trata-se de uma estrutura em forma de hexágono quase perfeito, com cerca de 30.000 quilômetros de diâmetro, maior que o dobro do tamanho da Terra.

Essa formação é composta por nuvens de tempestade que giram em alta velocidade ao redor do polo do planeta e é mantido por correntes de jato intensas que viajam a aproximadamente 320 km/h, criando uma forma estável e duradoura que persiste por décadas.

O fenômeno ocorre devido a interações complexas entre os ventos atmosféricos e a rotação do planeta, combinadas com variações na densidade e temperatura das camadas gasosas.

Simulações em laboratório sugerem que o hexágono pode ser o resultado de fluidos em movimento circular dentro de uma corrente de jato, que formam padrões poligonais sob certas condições.

As diferenças de cor observadas na tempestade, incluindo tons de azul e dourado, são causadas pela variação sazonal e pela composição química da atmosfera de Saturno, principalmente metano e amônia.

3. O coração da Via Láctea!

Como não é mais novidade, o James Webb surpreendeu o entendimento acerca da nossa própria galáxia este ano. Suas observações recentes capturaram a região Sagittarius C, localizada a cerca de 300 anos-luz do buraco negro central da Via Láctea, Sagittarius A*.

Utilizando a NIRCam, seu instrumento de observação nas faixas do infravermelho, o telescópio revelou aproximadamente 500.000 estrelas e estruturas de gás ionizado nunca vistas. A área, rica em hidrogênio, apresenta filamentos finos e desorientados que intrigaram os cientistas.

Sagitário C, região próxima ao centro da Via Láctea.
Sagittarius C, região próxima ao centro da Via Láctea. (Fonte: NASA)

Além de ser um feito técnico impressionante, o estudo da região Sagittarius C fornece pistas sobre como as galáxias se desenvolvem ao longo do tempo, especialmente próximo de buracos negros supermassivos, que desempenham papel crucial na dinâmica galáctica.

Em acréscimo, a análise dos dados forneceu uma nova janela para o estudo da formação estelar em ambientes densos e violentos como o centro galáctico.

Gostou de saber um pouco mais sobre o universo? Então, confira mais conteúdos astronômicos aqui no TecMundo.  Até o próximo #AstroMiniBR!

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