#AstroMiniBR: uma nova confirmação para a Relatividade Geral

3 min de leitura
Imagem de: #AstroMiniBR: uma nova confirmação para a Relatividade Geral
Imagem: JPL/NASA

O TecMundo e a equipe do #AstroMiniBR, toda semana, selecionam as notícias mais curiosas e relevantes da astronomia, para compartilhar com você os fatos mais surpreendentes do nosso fantástico universo. Confira abaixo!

1. Resultados do DESI Confirmam a Relatividade Geral!

Os novos resultados do Instrumento Espectroscópico de Energia Escura (DESI, da sigla em inglês) representaram um marco na cosmologia moderna, ao fornecer novas evidências que corroboram a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.

A partir do maior mapa tridimensional já produzido do universo, o DESI analisou a distribuição de galáxias em larga escala e fizeram medições de um fenômeno conhecido como oscilações acústicas de bárions (BAO, da sigla em inglês).

Essas oscilações refletem padrões de densidade de matéria remanescentes do Big Bang, que moldam a formação de galáxias e estruturas cósmicas ao longo do tempo.

Mapa de distribuição de galáxias do DESI.
Mapa de distribuição de galáxias do DESI. (Fonte DESI)

As medições detalhadas realizadas pelo DESI confirmam que o modelo cosmológico padrão, baseado na relatividade geral, é uma descrição precisa do comportamento gravitacional do universo, incluindo a misteriosa componente da energia escura.

Além disso, o estudo permitiu limitar a massa dos neutrinos, partículas fundamentais conhecidas por sua interação extremamente fraca com a matéria comum. Essa nova restrição é um avanço importante, já que os neutrinos desempenham um papel crucial na evolução do universo em larga escala.

Com estes resultados, o DESI foi capaz também de descartar algumas teorias alternativas de gravidade, que buscavam explicar a energia escura sem depender da relatividade geral.

2. Os mapas da superfície oculta da Lua!

A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), lançada pela NASA em 18 de junho de 2009, desempenhou um papel crucial na criação de mapas detalhados da superfície oculta da Lua. Utilizando instrumentos avançados como o Lunar Orbiter Laser Altimeter (LOLA) e câmeras de alta resolução, a LRO forneceu uma visão sem precedentes da geografia lunar.

A face oculta da Lua, permanentemente voltada para longe da Terra devido à sua rotação síncrona, permaneceu amplamente desconhecida até a era espacial. Os mapas criados pela LRO revelaram detalhes de crateras profundamente escavadas, bacias de impacto e áreas vulcânicas que diferem significativamente da face visível, oferecendo pistas sobre a história geológica da Lua.

Esses dados ajudaram os astrônomos a compreender as condições na superfície lunar, incluindo a distribuição de materiais como gelo de água em crateras sombreadas. Esse mapeamento detalhado é essencial para futuras missões tripuladas e robóticas, pois identifica locais adequados para pouso e exploração.

Além disso, os mapas fornecem informações valiosas para a compreensão da evolução do Sistema Solar, já que os padrões de impacto e a composição da superfície lunar refletem processos que moldaram a Terra e outros corpos celestes.

3. 10 anos da Hayabusa2!

Há dez anos, em 3 de dezembro de 2014, o Japão lançou a ambiciosa missão Hayabusa2, um marco significativo na exploração de asteroides e na compreensão da origem do Sistema Solar.

Desenvolvida pela JAXA (Agência de Exploração Aeroespacial do Japão), a missão teve como objetivo principal visitar o asteroide Ryugu, localizado a cerca de 300 milhões de quilômetros da Terra, escolhido por sua potencial capacidade de preservar materiais primitivos, contendo possivelmente compostos orgânicos e água que datam do início do Sistema Solar.

Sonda Hayabusa2 da JAXA.
Sonda Hayabusa2 da JAXA. (Fonte: JPL/NASA)

A Hayabusa2 realizou um feito extraordinário ao coletar amostras de superfície e subterrâneas, utilizando um impactador projetado para escavar o asteroide, criando uma cratera e expondo materiais nunca expostos ao espaço.

A missão destacou-se também por sua tecnologia, a sonda transportava pequenos módulos de pouso, incluindo o MASCOT e os rovers MINERVA-II, que exploraram a superfície de Ryugu, fornecendo dados detalhados sobre sua composição e características físicas.

Após uma viagem de retorno de cinco anos, a cápsula contendo as preciosas amostras foi lançada de volta à Terra em dezembro de 2020, aterrissando com sucesso no deserto australiano.

As análises iniciais revelaram grãos microscópicos com água e materiais orgânicos, reforçando a hipótese de que asteroides ricos em carbono poderiam ter desempenhado um papel na origem da vida na Terra.

Curtiu a #AstroMiniBR, dessa semana? Então, fique sempre atualizado com todas as novidades astronômicas aqui no TecMundo! Até a próxima segunda-feira!

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.