Os arredores da Pequena Nuvem de Magalhães e mais imagens da NASA em outubro

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Imagem: ESA / Webb / NASA / CSA / M. Zamani / M. G. Guarcello (INAF-OAPA) / EWOCS team

Durante o mês de outubro, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA), em parceria com a Agência Espacial Canadense (CSA) e a Agência Espacial Europeia (ESA), divulgou imagens impressionantes produzidas com dados coletados pelos instrumentos do Telescópio Espacial James Webb (JWST) e do Telescópio Espacial Hubble.

Por exemplo, uma das imagens revela um sistema estelar binário composto por uma anã branca e uma gigante vermelha, formando uma paisagem cósmica que parece ter sido retirada de um filme de ficção científica.

Confira essa e outras imagens que se destacaram em outubro!

Aglomerado de estrelas NGC 602

O JWST utilizou os instrumentos de infravermelho próximo (NIRCam) e de infravermelho médio (MIRI) para capturar um aglomerado de estrelas próximo da galáxia satélite Pequena Nuvem de Magalhães, a cerca de 200 mil anos-luz de distância. 

Ao redor e dentro da nebulosa de gás, é possível observar estrelas mais próximas e galáxias distantes.Ao redor e dentro da nebulosa de gás, é possível observar estrelas mais próximas e galáxias distantes.Fonte:  ESA / Webb / NASA / CSA / P. Zeidler / E. Sabbi / A. Nota / M. Zamani 

Nomeado de NGC 602, os pesquisadores sugerem que ele é semelhante aos que existiram no Universo primitivo, com nuvens escuras de poeira e gás ionizado. O aglomerado está dentro de uma nebulosa de gás e poeira, apresentada em diferentes cores devido aos filtros do James Webb.

“A existência de nuvens escuras de poeira densa e o fato de que o aglomerado é rico em gás ionizado também sugerem a presença de processos de formação estelar em andamento”, é descrito em um comunicado oficial.

Estrela binária R Aquarii

No meio do mês, a NASA apresentou uma nova imagem da estrela binária simbiótica R Aquarii, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. Aproximadamente a mil anos-luz de distância da Terra, na constelação de Aquário, esse sistema binário é composto por uma anã branca e uma gigante vermelha.

A estrela binária está no centro da imagem, onde há um brilho circular branco.A estrela binária está no centro da imagem, onde há um brilho circular branco.Fonte:  NASA / ESA / Hubble / M. Stute / M. Karovska / D. de Martin / M. Zamani 

“R Aquarii sofre erupções violentas que expelem enormes filamentos de gás brilhante. Isso demonstra dramaticamente como o Universo redistribui os produtos da energia nuclear que se formam profundamente dentro das estrelas e são lançados de volta ao espaço”, a ESA explica.

Além disso, ao redor da estrela, há uma nebulosa que se estende em todas as direções na imagem, principalmente nas cores verde e vermelho.

Aglomerado de estrelas Westerlund 1

Em outra captura incrível, o James Webb apresentou o aglomerado estelar Westerlund 1, localizado na constelação do Altar (Ara), a aproximadamente 12 mil anos-luz de distância da Terra. A região foi descoberta originalmente pelo astrônomo sueco Bengt Westerlund, em 1961, e por isso recebeu esse nome.

No aglomerado Westerlund 1, há estrelas de várias classificações, desde estrelas Wolf-Rayet até hipergigantes amarelas.No aglomerado Westerlund 1, há estrelas de várias classificações, desde estrelas Wolf-Rayet até hipergigantes amarelas.Fonte:  ESA / Webb / NASA / CSA / M. Zamani / M. G. Guarcello (INAF-OAPA) / EWOCS team 

“Westerlund 1 é um exemplo impressionante de um superaglomerado de estrelas: ele contém centenas de estrelas muito massivas, algumas brilhando com um brilho de quase um milhão de sóis e outras duas mil vezes maiores que o Sol (tão grandes quanto a órbita de Saturno)”, a Agência Espacial Europeia afirma.

Em mensagem oficial, a ESA explica que o aglomerado possui uma população de estrelas exóticas, algumas tão massivas que não existem iguais na Via Láctea. Por isso, é uma ótima região para estudar como a física funciona em estrelas tão únicas.

Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais assuntos sobre astronomia aqui no TecMundo. Aproveite para entender como o Telescópio Espacial Euclid está produzindo um atlas cósmico. Até a próxima!

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