#AstroMiniBR: um buraco negro em um sistema triplo

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Imagem: Jorge Lugo/ MIT

Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR trazem as últimas novidades cósmicas para você ficar sempre atualizado com as principais notícias e curiosidades sobre o nosso fantástico e vasto universo. Confira!

1. Um buraco negro e suas duas estrelas companheiras!

No Universo, muitos buracos negros detectados até o momento parecem fazer parte de um par: um sistema binário constituído pelo buraco negro em questão e um objeto secundário — como uma estrela, uma estrela de nêutrons muito mais densa ou outro buraco negro — que giram em espiral um em torno do outro, atraídos mutuamente pela gravidade. Uma nova descoberta, contudo, expandiu essa visão!

Representação artística de sistema análogo ao V404 Cygni.Representação artística de sistema análogo ao V404 Cygni.Fonte:  NASA 

Em um novo estudo publicado este mês na revista científica Nature, astrofísicos do MIT e da Caltech relataram a observação do primeiro “trio” de buracos negros! O sistema, batizado de V404 Cygni, localiza-se a uma distância de 7800 anos-luz da Terra e contém um buraco negro central no ato de consumir uma pequena estrela que está girando em espiral próxima do buraco negro.

Mas, surpreendentemente, uma segunda estrela também parece estar circulando o buraco negro, embora a uma distância muito maior. Os físicos estimam que essa companheira distante esteja orbitando o buraco negro a cada 70.000 anos.

Essa descoberta possibilitará aos astrônomos compreender melhor como os buracos negros associados a sistemas estelares se formam e como evoluem ao longo do tempo cósmico.

2. Quanto tempo um fóton leva para sair do Sol?

Quando um fóton é produzido no núcleo do Sol, ele nasce de reações de fusão nuclear, onde quatro núcleos de hidrogênio se combinam para formar um núcleo de hélio, liberando energia sob a forma de radiação. No núcleo, a densidade de matéria é extremamente alta, fazendo com que o fóton colida frequentemente com partículas carregadas, como prótons e elétrons.

Esse caminho é complexo e “zigzagueante”, pois a cada colisão o fóton muda de direção, sendo absorvido e reemitido várias vezes, o que faz com que ele percorra uma distância muito maior do que o raio do Sol.

Em média, um fóton leva entre 10.000 e 170.000 anos para atravessar as diferentes camadas internas do Sol — do núcleo à zona de radiação, e então à zona de convecção — antes de chegar à fotosfera, a camada visível da superfície solar. Nessa última camada, o gás é menos denso, permitindo que o fóton finalmente escape para o espaço e percorra cerca de oito minutos até alcançar a Terra.

Esse processo ilustra o longo e complexo caminho que a luz solar percorre antes de ser percebida como o brilho que vemos diariamente.

3. Uma das maiores moléculas já descobertas no espaço!

Uma equipe internacional de astrônomos reportou a descoberta de uma das maiores moléculas baseadas em carbono encontradas no espaço, localizada dentro da nuvem molecular Taurus, a cerca de 430 anos-luz da Terra.

A molécula, chamada pireno, é composta de quatro anéis planares fundidos de carbono e é categorizada como um hidrocarboneto aromático policíclico (PAH) — uma das moléculas complexas mais abundantes no universo visível.

Molécula do pireno.Molécula do pireno.Fonte:  Getty Images 

Os PAHs foram detectados pela primeira vez na década de 1960, em meteoritos conhecidos como condritos carbonáceos, que são remanescentes da nebulosa primordial que formou nosso sistema solar.

Essa descoberta é altamente significativa porque fornece mais pistas que podem ajudar a resolver um mistério de longa data na astroquímica: de onde vem o carbono, o bloco fundamental para construção da vida como a conhecemos?

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