#AstroMiniBR: a tensão de um Universo em expansão!

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Imagem: NASA

Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR selecionam as curiosidades astronômicas mais incríveis, para manter você sempre atualizado com as informações fascinantes sobre o cosmos. Confira!

1. Uma nova medida para a constante de Hubble

Este mês, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) fez uma importante observação de uma supernova do tipo Ia, apelidada de “SN H0pe”. Essa supernova foi particularmente interessante devido à sua distorção por uma lente gravitacional – um fenômeno em que a gravidade de um objeto massivo, como um aglomerado de galáxias, curva o espaço-tempo ao seu redor e desvia a luz de objetos mais distantes.

Imagem do lenteamento gravitacional no aglomerado de galáxias PLCK G165.7+67.0.Imagem do lenteamento gravitacional no aglomerado de galáxias PLCK G165.7+67.0.Fonte:  NASA 

Nesse caso, em especial, a luz da supernova foi dividida em três imagens distintas, cada uma representando a explosão em diferentes momentos. Essa multiplicidade permitiu que os cientistas medissem com precisão a velocidade de expansão do universo, conhecida como constante de Hubble.

A nova estimativa resultou em um valor de 75,4 quilômetros por segundo por megaparsec, que contribuiu para a controvérsia sobre o valor preciso dessa constante, pois ela difere de medições feitas por outros métodos, como observações do fundo cósmico de micro-ondas, que sugerem um valor mais baixo.

Essa discrepância, conhecida como “tensão de Hubble”, tem intrigado os cosmólogos há anos, levantando a possibilidade de que novas descobertas sejam necessárias para explicar a diferença nos valores.

2. A tabela periódica cósmica!

A imagem abaixo apresenta a “tabela periódica cósmica”, um conceito usado para descrever a abundância e distribuição dos elementos químicos no universo, baseando-se na origem cósmica dos átomos.

Diferente da tabela periódica convencional que conhecemos, que organiza os elementos com base em suas propriedades químicas, a tabela cósmica reflete a formação dos elementos ao longo do tempo, desde o Big Bang até os processos de formação nos núcleos das estrelas.

Cerca de 75% do universo é composto por hidrogênio, o elemento mais leve e abundante, seguido pelo hélio. A maioria desses dois elementos foi formada nos primeiros milênios após o Big Bang. Os elementos mais pesados, como carbono, oxigênio, carbono e ferro, foram forjados no interior de estrelas por meio de fusões nucleares, e são dispersos no espaço durante eventos de supernovas.

Elementos como o ouro e o urânio são ainda mais raros e são formados em eventos astrofísicos extremos, como fusões de estrelas de nêutrons!

3. Novas observações de galáxias do Grupo Local

Uma equipe internacional de astrônomos expandiu suas investigações para galáxias menos conhecidas no Grupo Local, como IC 10, NGC 147 e NGC 185, que ficam próximas da constelação de Cassiopeia. Essas galáxias são consideradas galáxias anãs, e são muito menos brilhantes que as galáxias mais proeminentes do grupo, como Andrômeda e Triângulo.

Apesar de serem desafiadoras para observação, sua análise revela informações valiosas sobre processos de formação e evolução estelar em ambientes galácticos pequenos. Por exemplo, IC 10 é uma galáxia irregular que possui regiões de formação estelar ativa, o que a torna um objeto interessante para estudar como as galáxias anãs podem contribuir com material e energia para o meio intergaláctico.

A galáxia IC 10.A galáxia IC 10.Fonte:  NASA 

As galáxias NGC 147 e NGC 185, por outro lado, são galáxias elípticas anãs e apresentam uma formação estelar muito mais antiga, com evidências de que já passaram por interações gravitacionais com a galáxia de Andrômeda. Essas observações são importantes para entender melhor como as galáxias menores interagem com as maiores no Grupo Local e como essas interações moldam sua evolução.

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