A SpaceX concluiu com sucesso mais um voo experimental da nave Starship, no domingo (13), que incluiu uma manobra inédita no retorno do foguete Super Heavy ao seu local de lançamento em Boca Chica, na Flórida (Estados Unidos). Este foi o quinto teste do sistema que pode levar a humanidade a Marte, como promete Elon Musk.
O propulsor colocou a espaçonave maior do que a Estátua da Liberdade em órbita antes de iniciar o retorno à Terra. Durante a queda rumo à base, três dos seus 33 motores Raptor foram ligados para auxiliar na desaceleração.
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Launch and return are fundamental techniques for Starship’s fully and rapidly reusable design pic.twitter.com/vrTdGkB08s
— SpaceX (@SpaceX) October 13, 2024
Enquanto isso, dois grandes braços de metal acoplados à torre de lançamento se abriram para “agarrar” o foguete, realizando uma manobra até então inédita. “Um dia para os livros de história da engenharia”, comemorou a equipe envolvida na missão, durante a transmissão oficial do evento, após o pouso bem-sucedido.
A manobra completa que levou o Super Heavy de volta à base com segurança é um dos últimos passos para a SpaceX ter o primeiro sistema de lançamento espacial totalmente reutilizável do mundo. Nos demais quatro testes, o propulsor havia explodido ou pousado no Golfo do México.
Barateando as missões espaciais
Os lançamentos envolvendo os propulsores reutilizáveis Falcon 9, outro sistema da SpaceX, custam em torno de US$ 67 milhões por voo ou US$ 1.500 para cada 450 g de carga útil. O mecanismo já oferece uma redução considerável em comparação com o antigo ônibus espacial, que custava US$ 25 mil pela mesma quantidade de carga.
Esses valores devem cair ainda mais quando o Super Heavy e a Starship estiverem prontos para voar. A companhia estima cobrar US$ 10 milhões por voo com o novo sistema, possibilitando realizar uma série de atividades no espaço, como a mineração de asteroides, o desenvolvimento de fábricas espaciais e até a colonização de Marte desejada pelo bilionário.
Vale lembrar que a nave Starship mergulhou no Oceano Índico depois da reentrada na atmosfera, conforme planejado, assim como aconteceu no teste anterior, realizado pela empresa de Musk em junho. Nenhuma dessas missões experimentais conta com a presença de tripulantes.
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