Câmeras externas da Estação Espacial Internacional (ISS) captaram imagens impressionantes do furacão Milton, classificado como de categoria 5 (a mais extrema) na última atualização do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NFC). As imagens mostram a passagem do fenômeno atmosférico pelo Golfo do México, a caminho de Tampa, na Flórida, onde deverá chegar na noite desta quarta-feira (9).
No vídeo, registrado às 8h37 (hora de Brasília) de 8 de outubro, o Milton apresentava ventos de 233 quilômetros por hora, se fortalecendo e deslocando no sentido leste-nordeste em direção à costa oeste do chamado Estado do Sol americano.
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O que logo chamou a atenção dos astronautas foi o "olho de pinhole" do gigantesco furacão. Essa estrutura se refere a um "olho" extremamente pequeno, geralmente com menos de dez milhas náuticas (cerca de 18,5 km) de diâmetro. Isso é muito menor do que os olhos típicos de furacões, que costumam ter entre vinte a quarenta milhas (32 a 64 km) de diâmetro.
A magnitude do furacão Milton
Após o furacão Milton ir da categoria 1 para a categoria 5 da escala Saffir-Simpson em questão de horas na segunda-feira (7), o meteorologista Noah Bergren, da emissora Fox 35 Orlando, se emocionou. Em seu perfil no X, ele definiu: "Este furacão está se aproximando do limite matemático do que a atmosfera da Terra sobre essa água do oceano pode produzir."
Um furacão de categoria 5 representa um nível extremos de ameaça à vida e à propriedade nos lugares por onde passar. Isso indica ventos sustentados de no mínimo 252 km/h, o que pode significar destruição total de casas de madeiras, danos importantes em edifícios de concreto, além de riscos generalizados de quedas de telhados e paredes.
Árvores poderão ser derrubadas em larga escala, assim como postes de energia e comunicações. O risco extremo de inundações costeiras está fazendo com que habitantes das áreas mais seriamente ameaçadas deixem suas casas. Os detritos deixados pelo furacão Helene, há apenas duas semanas, podem aumentar a vulnerabilidade das comunidades atingidas.
O furacão Milton é o último a atingir os EUA neste ano?
Após a passagem de dois furacões em um período inferior a 30 dias, muita gente pode pensar que se trata de um fenômeno anormal. Mas não é esse o caso, afirma o principal meteorologista da temporada de furacões do Centro de Previsão Climática da NOAA, Matthew Rosencrans.
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Em entrevista ao Business Insider, ele explicou que tempestades no Golfo são típicas do mês de outubro, embora neste ano os furacões tenham chegado mais cedo, pois a formação dessas tempestades tropicais ocorre normalmente no segundo semestre de outubro, terminando somente no final de novembro.
Para o especialista, é bastante provável que o Milton não seja a última tormenta que veremos nesta temporada. Ele aconselhou a todas as pessoas, mesmo as que não estão sendo afetadas agora, mas vivem em áreas de risco de furacões, a checarem suas provisões e ficarem em estado de alerta.
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