#AstroMiniBR: uma galáxia estranha descoberta pelo James Webb!

2 min de leitura
Imagem de: #AstroMiniBR: uma galáxia estranha descoberta pelo James Webb!
Imagem: Getty Images

O TecMundo toda semana seleciona algumas notícias e curiosidades astronômicas relevantes, para compartilhar com você, um pouco mais do nosso inusitado e admirável universo. Confira abaixo, a AstroMiniBR, desta semana!

1. Uma galáxia peculiar observada pelo James Webb

O Telescópio Espacial James Webb (JWST) mais uma vez surpreendeu a comunidade científica ao revelar uma galáxia incomum, denominada GS-NDG-9422, localizada a bilhões de anos-luz de distância.

O mais fascinante sobre essa galáxia é que sua luminosidade não é dominada pelas estrelas, como acontece na maioria das galáxias. Em vez disso, o brilho é causado por gás superaquecido, um fenômeno extremamente raro e misterioso.

Galáxia GS-NDG-9422 (9422).Galáxia GS-NDG-9422 (9422).Fonte:  JWST/NASA 

Essa galáxia está passando por uma fase intensa de formação estelar, o que a torna especialmente brilhante no espectro infravermelho. As estrelas recém-formadas nesta galáxia são incrivelmente quentes, atingindo temperaturas ao redor de 80.000 °C — aproximadamente o dobro da temperatura de estrelas massivas típicas.

Esses números extremos levantam questões sobre como as galáxias evoluíram nos primeiros bilhões de anos do universo. A observação indica que os processos de formação estelar nas fases iniciais do universo podem ter sido muito mais violentos e energéticos do que se acreditava anteriormente.

Além disso, a alta temperatura dessas estrelas desafia os modelos existentes de evolução galáctica, sugerindo que as condições extremas observadas podem ser comuns nas primeiras galáxias. O estudo dessas condições pode nos oferecer pistas sobre a “infância” do universo e a formação das primeiras estruturas galácticas.

2. Um asteroide “próximo” da Terra

Em 17 de setembro de 2024, o asteroide 2024 ON passou a uma distância segura da Terra, a cerca de um milhão de quilômetros de nós. Com um tamanho estimado entre 210 e 500 metros, ele não representava uma ameaça direta, mas a sua descoberta apenas semanas antes de sua aproximação ressalta a importância de monitorar objetos próximos à Terra.

Dados do asteroide 2024 ON que passou nas cercanias da Terra em setembro.Dados do asteroide 2024 ON que passou nas cercanias da Terra em setembro.Fonte:  ESA 

Asteroides dessa dimensão, embora raros, podem causar danos devastadores se colidissem com o planeta. Por isso, a ESA (Agência Espacial Europeia) e outras agências espaciais mantêm programas dedicados à detecção e ao rastreamento de asteroides.

O 2024 ON foi descoberto apenas semanas antes de sua aproximação, reforçando a importância de investir em tecnologias de defesa planetária que possam prever com maior antecedência a trajetória desses objetos.

Este evento contribui para a crescente conscientização política sobre a vulnerabilidade da Terra a impactos cósmicos e incentiva o desenvolvimento de estratégias para mitigar possíveis ameaças futuras.

3. As novas pistas sobre sinais de rádio do espaço profundo

Utilizando os telescópios de raios-x da NASA, uma equipe internacional de astrônomos capturou novos dados sobre as misteriosas Rajadas Rápidas de Rádio (FRBs, da sigla em inglês para fast radio bursts), que são sinais extremamente poderosos e curtos vindos do espaço profundo.

Representação de um magnetar.Representação de um magnetar.Fonte:  NASA 

Pela primeira vez, eles observaram uma FRB minutos antes e depois de sua ocorrência, ajudando a traçar a possível origem desses sinais. Os FRBs emitem tanta energia em milissegundos quanto o Sol em um ano!

Embora sua origem exata ainda seja incerta, esses novos dados são cruciais para desvendar os processos extremos que produzem esses sinais, ajudando inclusive a elucidar os processos físicos que regem o comportamento de objetos como os magnetares e buracos negros.

Curtiu o conteúdo? Então, compartilhe as novidades astronômicas da semana com seus amigos, em suas redes sociais.  Até a próxima segunda-feira!

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.