#AstroMiniBR: as “aranhas” de Marte recriadas em laboratório!

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Imagem: NASA

O TecMundo e o #AstroMiniBR, toda semana, selecionam as notícias mais curiosas e relevantes da astronomia, para compartilhar com você as últimas novidades do nosso vasto universo. Confira!

1. As "Aranhas" de Marte Replicadas em Laboratório

Um dos fenômenos mais intrigantes em Marte são as formações conhecidas como “aranhas” (ou “araneiformes”). Elas foram descobertas pela primeira vez em 2003 por meio de imagens capturadas por sondas orbitais. As formações aparecem principalmente no hemisfério sul de Marte e têm intrigado os cientistas por décadas.

Essas estruturas são formadas quando o gelo de dióxido de carbono sublima diretamente em gás na primavera marciana, criando fissuras na superfície e lançando jatos de poeira e areia que formam as características formações em forma de teia.

Formações geológicas no solo marciano em formatos similares à aranhas.Formações geológicas no solo marciano em formatos similares à aranhas.Fonte:  NASA 

Neste mês, cientistas da NASA conseguiram recriar essas “aranhas” em laboratório pela primeira vez usando o sistema DUSTIE no Jet Propulsion Laboratory (JPL). Os cientistas simularam as condições de baixa pressão e temperaturas extremamente baixas encontradas nas regiões polares de Marte e, ao aquecer o solo marciano simulado coberto por gelo de CO2, os pesquisadores conseguiram replicar os jatos de gás e as formações espirais que se assemelham aos formatos observadas em Marte.

Esse experimento não apenas valida o modelo de formação das “aranhas”, mas também pode fornecer informações valiosas para futuras missões a Marte. Compreender melhor esses processos geológicos ajuda a refinar os locais de pouso e as ferramentas necessárias para estudar a superfície marciana de maneira mais eficaz.

2. A bela Nebulosa da Serpente

Imagens impressionantes da Nebulosa da Serpente capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb revisitaram uma descoberta fascinante: pela primeira vez, os astrônomos observaram fluxos de gás alinhados de estrelas em formação, algo que confirma teorias há muito propostas sobre a formação estelar.

A Nebulosa da SerpenteA Nebulosa da SerpenteFonte:  NASA 

Esses fluxos de gás, conhecidos como jatos bipolares, são lançados por estrelas recém-nascidas e colidem com o gás circundante, criando plumas visíveis de hidrogênio molecular e monóxido de carbono. O alinhamento desses fluxos indica que, durante o processo de formação, as estrelas giram em uma direção comum, o que é consistente com a rotação das nuvens de gás que colapsam para formar essas estrelas.

Essa descoberta ajuda a entender melhor a dinâmica do nascimento de estrelas jovens, além de oferecer um vislumbre de regiões que antes eram invisíveis aos telescópios ópticos devido à densa poeira envolvente.

3. A galáxia de Andrômeda revisitada

A galáxia de Andrômeda observada pelo telescópio Hubble com coloração artificial.A galáxia de Andrômeda observada pelo telescópio Hubble com coloração artificial.Fonte:  NASA 

O Telescópio Espacial Hubble capturou uma nova e detalhada imagem da Galáxia de Andrômeda, uma das nossas vizinhas galácticas mais próximas. A galáxia, localizada a cerca de 2,5 milhões de anos-luz da Terra, foi reapresentada em uma belíssima imagem que destaca as vastas regiões de gás ionizado que alimentam a formação de novas estrelas.

Estudos desse tipo são essenciais para entender como as galáxias evoluem ao longo do tempo, além de fornecer um novo vislumbre do objeto que marcará o futuro da Via Láctea, uma vez que estas galáxias estão em rota de colisão, previsto para acontecer ao longo dos próximos 6 a 10 bilhões de anos.

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