#AstroMiniBR: dois grandes asteroides “próximos” à Terra

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Imagem: NASA

O TecMundo e o #AstroMiniBR, ao longo dos últimos anos, vem reunindo semanalmente as melhores curiosidades astronômicas, para compartilhar com você um pouco mais sobre as maravilhas do universo.

O X pode até estar desligado da tomada, aqui no Brasil, mas reformulamos o nosso formato, para manter você atualizado com as mais recentes descobertas cosmológicas. Confira abaixo!

1. Passagem de dois grandes asteroides “próximos” à Terra

No final de junho e início de julho, dois asteroides de grandes proporções passaram próximos à Terra em um curto intervalo de 42 horas, capturando a atenção de cientistas e do público. O primeiro, o asteroide 2011 UL21, com mais de 2 km de diâmetro, passou a uma distância segura, mas relativamente próxima, fornecendo uma oportunidade valiosa para observações detalhadas.

Com o uso de radares avançados, cientistas puderam determinar sua forma esférica e descobrir que ele possui uma pequena lua. Essas observações ajudam a entender melhor as propriedades físicas desses corpos e a calcular suas órbitas com maior precisão, o que é crucial para avaliar riscos de colisão com a Terra no futuro.

O asteroide 2024 MK, foi descoberto recentemente, que fez sua maior aproximação — a cerca de 295.000 quilômetros da Terra. O asteroide 2024 MK, foi descoberto recentemente, que fez sua maior aproximação — a cerca de 295.000 quilômetros da Terra. Fonte:  NASA/ JPL-Caltech 

O segundo asteroide, 2024 MK, de 150 metros de diâmetro, chegou a apenas 290 mil km da Terra, uma distância comparável a 75% da distância até a Lua. Apesar de não representar uma ameaça imediata, a proximidade e o tamanho do asteroide ressaltaram a necessidade de aprimorar os sistemas de detecção de objetos próximos à Terra (NEOs, na sigla em inglês), uma vez que o asteroide foi descoberto apenas uma semana antes de sua aproximação máxima.

Este evento destacou a importância de iniciativas como a missão Hera da ESA, que visa desenvolver técnicas eficazes de defesa planetária.

2. Tempestade geomagnética supercarrega a aurora boreal

Em 12 de agosto de 2024, uma intensa tempestade geomagnética atingiu a Terra, causando um espetáculo luminoso raro no céu. O fenômeno foi desencadeado por uma série de erupções solares que resultaram em ejeções de massa coronal, liberando uma alta quantidade de partículas carregadas que interagiram com o campo magnético da Terra.

Esta interação intensificou as auroras boreais, que puderam ser vistas em regiões muito mais ao sul do que o habitual, incluindo estados como Alabama e Califórnia nos EUA.

O ano de 2024 está sendo marcado pela forte e intensa atividade solar. O ano de 2024 está sendo marcado pela forte e intensa atividade solar. Fonte:  Getty Images 

Embora o auge da tempestade tenha ocorrido durante o dia, ofuscando parte do show, o evento ressaltou os efeitos potenciais que tais tempestades podem ter não apenas em termos de fenômenos visuais, mas também em infraestruturas tecnológicas, como satélites e redes elétricas. Eventos como este sublinham a necessidade de monitoramento constante do clima espacial e de preparar medidas mitigatórias para proteger a Terra de possíveis impactos maiores.

3. O buraco negro mais distante já observado

Outra descoberta impressionante de agosto foi feita com a galáxia GN-z11, uma das mais distantes já observadas, situada a cerca de 13,4 bilhões de anos-luz da Terra. O James Webb revelou que GN-z11 abriga um buraco negro supermassivo em plena atividade, o mais distante já detectado.

O aglomerado de gás puro no halo do GN-z11 está intrigando os pesquisadores.O aglomerado de gás puro no halo do GN-z11 está intrigando os pesquisadores.Fonte: NASA

Este buraco negro, com cerca de 2 milhões de vezes a massa do Sol, está em um estado de rápida acreção, consumindo matéria ao seu redor em uma velocidade incrível. A presença de ventos poderosos sendo expelidos da galáxia também foi detectada, fenômeno comum em buracos negros que estão ativamente acumulando matéria.

Esta descoberta não só fornece informações cruciais sobre a formação e evolução de buracos negros no universo primitivo, mas também levanta novas questões sobre como esses objetos massivos podem se formar tão rapidamente.

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