#AstroMiniBR: quão grande é o céu do Brasil?

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O TecMundo e o #AstroMiniBR toda semana, selecionam as melhores curiosidades astronômicas, produzidas pelos colaboradores do perfil no X para compartilhar com você um pouco mais do inusitado e fantástico, mundo da astronomia. Confira abaixo!

#1: O céu estrelado brasileiro

O Brasil, com sua vasta extensão territorial que abrange quase 40 graus de latitude, proporciona visões bastante distintas do céu noturno em diferentes regiões. Essas diferenças são principalmente devido à posição geográfica de cada local e à curvatura da Terra, que influencia quais constelações, estrelas e corpos celestes são visíveis no horizonte.

Além disso, a diferença na duração do dia e da noite, dependendo da latitude, também altera a observação astronômica, sendo mais acentuada à medida que se aproxima das zonas tropicais e equatoriais.

Por exemplo, no arquipélago de Fernando de Noronha, no Nordeste do Brasil, durante o início da noite, constelações típicas do hemisfério norte, como Órion, são visíveis bem alto no céu. Na Serra do Divisor, no extremo oeste, as constelações aparecerão no mesmo horário, mas ligeiramente deslocadas em relação ao horizonte.

No Monte Roraima, no extremo norte, o céu noturno exibe constelações do hemisfério norte com maior predominância. Por outro lado, no Arroio Chuí, no extremo sul do país, constelações do hemisfério sul, como o Cruzeiro do Sul, ficam mais evidentes e bem posicionadas.

Esse contraste nas paisagens celestes em uma mesma hora, mas em diferentes pontos do Brasil, ilustra a riqueza da observação astronômica no país e como a posição geográfica molda nossas percepções do cosmos.

#2: Como se mede o brilho de um cometa?

A fotometria é uma técnica essencial na astronomia, usada para medir a intensidade do brilho de objetos celestes, como estrelas, planetas e asteroides. Quando aplicada a cometas, a fotometria permite aos astrônomos quantificar a luz refletida pela coma (a nuvem de gás e poeira ao redor do núcleo) e pela cauda do cometa.

Esses dados são cruciais para entender a composição e a atividade do cometa, já que o brilho observado pode variar conforme o cometa se aproxima ou se afasta do Sol, indicando processos como sublimação de gelo e a liberação de gases.

Ao realizar medições fotométricas ao longo do tempo, os cientistas podem traçar curvas de luz, que mostram como o brilho do cometa muda durante sua órbita. Essas curvas de luz são fundamentais para determinar a rotação do núcleo, a taxa de produção de gás e poeira, e até para prever o comportamento futuro do cometa, contribuindo para uma compreensão mais ampla dos processos físicos que ocorrem no Sistema Solar.

#3: O que define a morte de uma galáxia?

A “morte” de uma galáxia é um fenômeno fascinante que ocorre quando ela deixa de formar novas estrelas, resultando em uma galáxia envelhecida e inativa. As galáxias são formadas por altas quantidades de gás e poeira, que colapsam sob a força da gravidade para criar novas estrelas.

Quando esse suprimento de gás é esgotado ou expulso, o processo de formação estelar diminui até cessar completamente. Sem a formação de novas estrelas, a galáxia começa a perder seu brilho e torna-se dominada por estrelas antigas e frias, muitas das quais se transformam em anãs brancas, estrelas de nêutrons ou buracos negros.

Existem várias maneiras pelas quais isso poder acontecer: um dos mecanismos é a interação com outras galáxias, onde forças gravitacionais intensas podem provocar a expulsão de gás ou sua conversão em estrelas em um ritmo acelerado, esgotando o reservatório necessário para futuras gerações estelares; outro processo é o chamado “quenching”, onde a energia de um buraco negro supermassivo no centro da galáxia aquece o gás ao ponto de impedir a formação de novas estrelas.

Ao longo de bilhões de anos, a galáxia, antes vibrante e repleta de estrelas jovens, torna-se uma estrutura passiva e silenciosa, com pouca ou nenhuma atividade estelar restante.

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