A Neuralink realizou com sucesso o segundo implante de chip cerebral em humanos, conforme revelou Elon Musk na sexta-feira (2), durante entrevista ao podcast Lex Fridman. O paciente que recebeu a tecnologia tem uma lesão na medula espinhal semelhante à da pessoa envolvida no primeiro experimento.
Sem fornecer muitos detalhes a respeito da cirurgia, o chefe da startup disse que 400 dos 1.024 eletrodos do chip implantado recentemente estão funcionando. O objetivo é fazer a pessoa com dificuldade de se movimentar ter a capacidade de controlar diferentes dispositivos eletrônicos com a mente.
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O chip implantado pela Neuralink é do tamanho de uma moeda.Fonte: Getty Images/Reprodução
“Não quero azarar, mas parece ter corrido muito bem com o segundo implante. Há muito sinal, muitos eletrodos. Está funcionando muito bem”, declarou o bilionário durante o programa, que teve a participação de outros três executivos da empresa, bem como do primeiro implantado, Noland Arbaugh.
Musk também disse, ao longo da entrevista, que o chip da Neuralink deve ser fornecido a mais oito pacientes ainda em 2024, caso os planos da startup sejam seguidos à risca. A ideia do bilionário é aproveitar a tecnologia para aprimorar algumas funções do corpo, futuramente, indo além dos objetivos iniciais do projeto.
Controlando aparelhos com o pensamento
Primeira pessoa a ter o chip da Neuralink implantado no cérebro, Arbaugh dependia de um bastão preso à sua boca para tocar na tela de um tablet quando queria dar comandos para realizar uma determinada tarefa. Após a cirurgia feita em janeiro, ele consegue controlar equipamentos eletrônicos com o pensamento.
A tecnologia permitiu que ele movesse o cursor do mouse do notebook com a mente, navegasse na internet, fizesse postagens em redes sociais e jogasse videogame, como revelou o paciente. Dessa forma, o homem reduziu a dependência de cuidadores, conseguindo realizar mais tarefas por conta própria.
No entanto, Arbaugh teve problemas após a cirurgia, com a retração dos fios do implante, dificuldade que já havia sido registrada pela startup nos testes com animais. O erro resultou na redução dos eletrodos que medem os sinais emitidos pelo cérebro.
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