Uma joia cósmica e mais imagens incríveis da NASA em julho

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Imagem: ESA / Euclid / Euclid Consortium / NASA / J.-C. Cuillandre / G. Anselmi

Mais um mês está chegando ao fim e, novamente, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) não decepcionou os fãs de astronomia e divulgou novas imagens de paisagens cósmicas das profundezas do universo. As fotografias apresentadas foram capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) e pelo telescópio Euclid.

Para selecionar as melhores do mês, reuni uma lista com algumas imagens mais incríveis divulgadas durante o mês, incluindo o anel cósmico com joias detectado pelo JWST e outras. Ao todo, são três imagens impressionantes fotografadas em missões da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA). Confira!

RX J1131-1231: o anel cósmico com joias

No início de julho, a NASA apresentou a fotografia da lente gravitacional do quasar RX J1131-1231, mas os pesquisadores a apelidaram de 'anel com joias' devido ao seu formato peculiar. Ao observá-la com atenção, é possível perceber a semelhança com um anel e três joias.

O anel cósmico com joias está localizado na constelação de Crater, a aproximadamente 6 bilhões de anos-luz da Terra.O anel cósmico com joias está localizado na constelação de Crater, a aproximadamente 6 bilhões de anos-luz da Terra.Fonte:  ESA / Webb / NASA / CSA / A. Nierenberg 

Antes de captarmos imagens como essa, Albert Einstein foi o primeiro cientista a prever as lentes gravitacionais. A imagem foi fotografada com o auxílio do instrumento de infravermelho médio (MIRI), do James Webb, e faz parte de um programa que está tentando resolver o mistério da matéria escura.

“A matéria escura é uma forma invisível de matéria que responde pela maior parte da massa do Universo. As observações de quasares de Webb estão permitindo que os astrônomos investiguem a natureza da matéria escura em escalas menores do que nunca”, é descrito no site do JWTS.

Arp 142: galáxias em interação

No meio do mês, a equipe do telescópio James Webb divulgou uma imagem do par de galáxias em interação Arp 142, formado pela galáxia espiral distorcida 'Pinguim', no centro, e pela galáxia elíptica 'Ovo', à esquerda. As duas estão passando por uma fusão que dura milhões de anos, um processo que pode ajudar na formação de milhares de novas estrelas.

Ao fundo da imagem, é possível observar diversas galáxias nas profundezas do cosmos.Ao fundo da imagem, é possível observar diversas galáxias nas profundezas do cosmos.Fonte:  NASA / ESA / CSA / STScI 

“Nos casos mais extremos, as fusões podem fazer com que as galáxias formem milhares de novas estrelas por ano por alguns milhões de anos. Para o Pinguim, a pesquisa mostrou que cerca de 100 a 200 estrelas se formaram por ano. Em comparação, nossa galáxia Via Láctea (que não está interagindo com uma galáxia do mesmo tamanho) forma cerca de seis a sete novas estrelas por ano”, a ESA explica.

Aglomerado de Perseu

O Telescópio Euclid apresentou a imagem de uma paisagem impressionante: o Aglomerado de Perseu. Os cientistas estimam que a região abriga mais de mil galáxias, além de outras 100 mil no fundo; essas últimas estão a uma distância significativamente maior. Por exemplo, a luz de algumas dessas galáxias pode ter levado 10 bilhões de anos para chegar até as observações científicas.

O Aglomerado de Perseu está localizado a aproximadamente 240 milhões de anos-luz de distância da Terra.O Aglomerado de Perseu está localizado a aproximadamente 240 milhões de anos-luz de distância da Terra.Fonte:  ESA / Euclid / Euclid Consortium / NASA / J.-C. Cuillandre / G. Anselmi 

O objetivo dos cientistas é mapear a distribuição dessas galáxias na tentativa de compreender um pouco mais sobre a matéria escura. As distorções causadas pelas galáxias podem indicar como a matéria escura está distribuída dentro do aglomerado e em outras regiões do cosmos.

"Se não existisse matéria escura, as galáxias seriam distribuídas uniformemente por todo o Universo", explica o cientista da equipe Euclid, Jean-Charles Cuillandre, em um comunicado.

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