O TecMundo e o #AstroMiniBR selecionam toda semana, as curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no X para disseminar um pouco mais, sobre o universo incrível da astronomia. Confira abaixo!
#1: A política de dados astronômicos de grandes telescópios!
Telescópios espaciais como o James Webb e o Hubble são poderosas ferramentas para a coleta de dados astronômicos, permitindo-nos observar o universo em detalhes nunca possíveis.
Os dados coletados por esses telescópios são obtidos por meio de propostas submetidas por cientistas de todo o mundo. Após a aprovação, os pesquisadores recebem um tempo de observação específico, durante o qual o telescópio é direcionado para os alvos de interesse, coletando imagens e espectros que são, então, transmitidos de volta à Terra.
Esses dados são inicialmente processados e armazenados em arquivos científicos especializados, acessíveis somente aos pesquisadores que os solicitaram. Os dados astronômicos obtidos por telescópios como o James Webb e o Hubble passam por um período de embargo, geralmente de cerca de 12 meses, durante o qual apenas os pesquisadores que propuseram as observações têm acesso exclusivo. Este período permite que os cientistas analisem e publiquem suas descobertas sem concorrência imediata.
- Saiba também: Um telescópio consegue ver o início do Universo?
Após esse prazo, os dados são liberados publicamente em suas plataformas e sites específicos, permitindo que a comunidade científica global e o público explorem e utilizem essas informações. Essa política de liberação de dados promove a transparência científica e maximiza o valor das observações, possibilitando novas descobertas e avanços acerca do nosso conhecimento do Cosmos!
#2: O dia mais curto do Sistema Solar!
A rotação de Júpiter é uma das mais rápidas no sistema solar, completando um giro em torno de seu eixo em aproximadamente 9 horas e 55 minutos. Essa velocidade impressionante faz com que Júpiter tenha um dia muito mais curto, não só em relação ao dia da Terra, mas também de todos os planetas do Sistema Solar!
A rápida rotação de Júpiter é resultado de sua formação inicial a partir de uma nebulosa de gás e poeira, onde a conservação do momento angular fez com que o planeta girasse cada vez mais rápido à medida que se contraía. Essa rotação veloz também provoca efeitos visíveis e dramáticos na aparência do planeta: o gigante gasoso é significativamente achatado nos polos e abaulado no equador devido à força centrífuga gerada pela sua rotação.
Além disso, a rotação rápida contribui para a formação das bandas de nuvens coloridas e os intensos sistemas de tempestades, como a famosa Grande Mancha Vermelha. Essas características são causadas pela dinâmica atmosférica complexa e pelos fortes ventos que circulam ao redor do planeta, modelados pela interação entre a rotação rápida e a composição química da atmosfera joviana.
#3: Como os planetas nascem?
A imagem que você vê abaixo é de HL Tauri, uma jovem estrela localizada a cerca de 450 anos-luz da Terra, na constelação de Touro. Esse registro em altíssima resolução foi capturada pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), localizado no Chile, e revelam detalhes extraordinários do disco protoplanetário ao redor da estrela, mostrando anéis e lacunas que indicam a formação de planetas em estágio inicial.
Antes de observações como esta, os cientistas tinham apenas teorias e modelos computacionais para entender como os planetas se formam. Contudo, as imagens de HL Tauri proporcionaram a primeira evidência visual direta desse processo, mudando drasticamente nossa compreensão de como os sistemas planetários se formam e evoluem, uma vez que mostraram que planetas podem se formar muito mais rapidamente do que os modelos anteriores sugeriam.
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As lacunas visíveis no disco protoplanetário de HL Tauri são provavelmente causadas por planetas recém-formados que estão limpando os detritos de sua órbita ao redor da estrela.
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