Lokiceratops: dinossauro 'chifrudo' é batizado em homenagem a vilão da Marvel

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Imagem: Fabrizio Lavezzi/Divulgação
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Uma espécie nova e diferente de dinossauro herbívoro foi anunciada recentemente na revista Paleology and Evolutionary Science: Lokiceratops rangiformis. Batizado em homenagem ao deus mitológico (e também personagem de histórias em quadrinhos) Loki, o dinossauro foi desenterrado badlands (terras áridas) do norte de Montana, nos EUA.

Já exibido no Museu de História Natural de Utah, o dinossauro pode ser considerado um gigante. Além de pesar cerca de 5 toneladas e medir 6,7 metros de comprimento, o animal exibia uma espécie de capacete com dois chifres em forma de lâminas, como o que vimos no adorável vilão do filme dos Vingadores.

Identificado a partir dos restos de um crânio, Loki foi reconstruído de fragmentos do tamanho de pratos, e até menores, e não se parecia com nenhum dinossauro conhecido até então. No entanto, seus chifres o colocaram em grupo do clado Ceratopsia (face com chifres) chamado centrossaurinos, que viveram na Terra durante o período Cretáceo, há 78 milhões de anos.

Como viviam os Lokiceratops?

Em sua época, os Lokiceratops habitavam os pântanos e planícies aluviais da costa oriental da Laramídia, um continente insular formado pelo alagamento da parte central da América do Norte pelo chamado Western Interior Seaway. Esse mar dividiu o atual continente americano em dois grandes territórios insulares: a Laramídea a oeste e a Apalachia a leste.

O clima abrasador de Laramídea foi atenuado após a formação de montanhas e mudanças dramáticas no nível do mar. Nessa paisagem mais acolhedora, os centrossaurinos se diversificaram em diversas famílias com seus imponentes ornamentos e chifres, sobrevivendo até o fim da era dos dinossauros, a chamada Extinção em Massa do Cretáceo-Paleógeno, há aproximadamente 66 milhões de anos.

O Lokiceratops se diferencia dos seus primos chifrudos por algumas características únicas, como "a ausência de chifre no nariz, chifres enormes e curvos em forma de lâmina na parte de trás do frill (coleira óssea) — o maior já encontrado em um dinossauro com chifres — e uma ponta distinta e assimétrica no meio do frill", diz o estudo.

O que o Lokiceratops revela sobre os demais dinossauros?

Crânio de Lokiceratops rangiformis, em exposição no Museu da Evolução em Maribo, Dinamarca.Crânio de Lokiceratops rangiformis, em exposição no Museu da Evolução em Maribo, Dinamarca.Fonte:  Museu da Evolução 

O crânio do Lokiceratops foi escavado na mesma camada rochosa onde haviam sido descobertas outras quatro espécies de dinossauros, o que significa um recorde, segundo o coautor principal do estudo, Joseph Sertich, da Universidade Estadual do Colorado. “É uma diversidade inédita encontrar cinco vivendo juntos”, diz o paleontólogo.

É que, durante o Cretáceo, os animais eram geograficamente limitados, ao contrário da ampla diversidade de grandes mamíferos selvagens que hoje habitam o oeste norte-americano, como os alces. O que o Loki nos diz é que essas espécies evoluíram de forma rápida e em um habitat limitado, como é comum observar em aves.

Segundo o primeiro autor do artigo, Mark Loewen, da Universidade de Utah, o Lokiceratops mostrou que, quando se trata da diversidade entre os dinossauros com chifres, "estamos apenas arranhando a superfície", conclui.

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