Segundo as medições dos instrumentos atuais, a ciência afirma que o Sistema Solar nasceu há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Apesar de não ser o momento exato do nascimento do nosso sistema, a história começa um pouco antes. Foi no início de tudo que o Big Bang, há cerca de 13,8 bilhões de anos, formou o universo que conhecemos e possibilitou o desenvolvimento do Sol, da Terra e dos outros objetos celestes no cosmos.
A formação do Sistema Solar começou quando uma nuvem molecular passou por uma grande transformação. A reação formou uma protoestrela que se transformou no Sol, a estrela responsável por manter a habitabilidade da Terra e permitir algumas das características terrestres que conhecemos.
Desde o início de tudo, o Sistema Solar está em um período muito mais calmo, e a queda de objetos cósmicos na Terra não é mais um grande problema — apesar disso, alguns meteoros ainda podem representar uma ameaça ao nosso planeta. Desde então, a Terra completou bilhões de voltas ao redor dele. Mas e o Sol?
“A gravidade do Sol mantém o sistema solar unido, mantendo tudo — desde os maiores planetas até às mais pequenas partículas de detritos — na sua órbita. A conexão e as interações entre o Sol e a Terra determinam as estações, as correntes oceânicas, o tempo, o clima, os cinturões de radiação e as auroras. Embora seja especial para nós, existem milhares de milhões de estrelas como o nosso Sol espalhadas pela Via Láctea”, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA) explica.
O fato é que a Terra está se movendo rapidamente pelo espaço e nem sequer percebemos essa movimentação. E o mais estranho é que não é apenas a Terra que está se movendo; a principal estrela do sistema também está se girando ao redor da Via Láctea. Afinal, quantas voltas o Sol já completou na Via Láctea?
Órbitas do Sol na Via Láctea
Apesar de a ciência conhecer uma boa parte da história do Sistema Solar, compreender exatamente o número de vezes que a estrela girou ao redor da Via Láctea não é tão simples. No caso da Terra, a compreensão da órbita é mais simples porque é relativamente fácil calcular o caminho estável e mais curto do planeta, em comparação com a movimentação longa e instável do Sol na nossa galáxia.
A velocidade atual de movimentação da estrutura solar é de cerca de 720 mil quilômetros por hora, o que permite um giro completo ao redor da Via Láctea aproximadamente entre 220 milhões de 230 milhões de anos. Considerando uma matemática mais simples, em 4,6 bilhões de anos desde a sua formação inicial, o Sol pode ter completado apenas entre 20 e 21 voltas ao redor da galáxia.
“O Sol orbita o centro da Via Láctea, trazendo consigo os planetas, asteroides, cometas e outros objetos do nosso sistema solar. Nosso sistema solar está se movendo a uma velocidade média de 450.000 milhas por hora (720.000 quilômetros por hora). Mas mesmo a esta velocidade, o Sol demora cerca de 230 milhões de anos a dar uma volta completa à volta da Via Láctea”, a NASA descreve em uma publicação sobre o Sol.
O Sol nasceu há 4,6 bilhões de anos, mas a Terra só iniciou sua formação aproximadamente 100 milhões de anos depois.Fonte: Getty Images
Já o giro da Terra passou por algumas mudanças até chegar à sua condição atual, mas essas variações não são tão significativas considerando os bilhões de anos desde a sua formação. Como a órbita terrestre leva um ano para completar uma volta ao redor do Sol, os cientistas estimam que nosso planeta já tenha realizado cerca de 4,5 bilhões de órbitas.
O movimento do Sol ao redor da Via Láctea pode ter mudado diversas vezes ao longo desses bilhões de anos, por isso, não é tão fácil determinar o número exato de voltas. Em uma mensagem ao site Live Science, o astrofísico Victor Debattista, da Universidade Central de Lancashire (Reino Unido), afirmou que o Sol não deve ter nascido onde está localizado atualmente. Provavelmente, a estrela nasceu muito mais perto do centro da Via Láctea, a cerca de 16,3 mil anos-luz do núcleo da galáxia.
O período orbital da estrela também era muito mais curto durante o início de sua formação, possivelmente levando 125 milhões de anos para completar uma volta. Ou seja, pode ser que o número de órbitas seja maior do que a estimativa citada, mas ainda não há um resultado exato para essa questão.
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