O TecMundo e o #AstroMiniBR, toda semana selecionam as curiosidades astronômicas mais relevantes produzidas pelos colaboradores do perfil no X para compartilhar com você, um pouco mais do nosso inusitado e admirável universo!
#1: A bela Nebulosa do Lápis
?? Se você estivesse na Terra 11 mil anos atrás, poderia ter visto uma grande explosão no céu!
— Thiago Flaulhabe (@TFlaulhabe) February 24, 2024
Hoje em dia, vemos o que restou dessa explosão: a onda de choque deixada de uma supernova na constelação do Velame, a Nebulosa do Lápis ??#AstroMiniBR via ©APOD pic.twitter.com/QRM20vMyDB
A Nebulosa do Lápis, também conhecida como NGC 2736, é uma estrutura fascinante situada na constelação de Vela, a aproximadamente 800 anos-luz da Terra. Esta nebulosa é uma parte remanescente de uma supernova – uma explosão estelar que ocorreu cerca de 11.000 anos atrás.
Com um comprimento estimado em cerca de 5 anos-luz, a Nebulosa do Lápis se destaca por suas finas e alongadas filamentosas que lembram traços de lápis no céu noturno, de onde deriva seu nome popular. A Nebulosa do Lápis é especialmente notável por seu brilho e estrutura detalhada, visíveis em comprimentos de onda de rádio e luz óptica.
Este brilho é resultado da onda de choque da supernova que ainda está interagindo com o material interestelar circundante. A alta velocidade dessa onda de choque, viajando a mais de 650.000 quilômetros por hora, aquece o gás ao seu redor, fazendo-o brilhar intensamente.
Estudos detalhados dessa nebulosa ajudam os astrônomos a entender melhor a dinâmica das explosões de supernovas e os processos físicos que ocorrem no material ejetado, proporcionando informações valiosas sobre a evolução das estrelas e a composição do meio interestelar.
#2: O nascimento de um novo sistema estelar!
esse é o disco HL Tauri, um disco protoplanetário - ou seja, uma estrutura que pode evoluir e dar origem a planetas ??
— yanna martins franco (@martins_yanna) March 4, 2024
em ??, vemos a poeira nesse sistema. mas nas regiões ??, entre os aneis, temos vapor de água, exatamente onde os planetas podem ser formados.#AstroMiniBR pic.twitter.com/3B3SbJz1jC
HL Tauri é uma jovem estrela localizada na constelação de Touro, a aproximadamente 450 anos-luz da Terra. Esta estrela tem atraído a atenção dos astrônomos devido ao seu disco protoplanetário, uma estrutura de gás e poeira que circunda a estrela e está em processo de formação planetária.
Com apenas cerca de um milhão de anos, HL Tauri é considerada uma estrela extremamente jovem em termos astronômicos, proporcionando uma oportunidade única para estudar as primeiras etapas da formação de planetas.
A imagem que você vê acima é a observação de HL Tauri feita pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), no Chile, que revela detalhes impressionantes do disco protoplanetário, mostrando anéis concêntricos claros e escuros que indicam a região de formação de novos planetas.
As descobertas em torno de HL Tauri desafiam os modelos tradicionais de formação planetária, sugerindo que planetas podem se formar muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente. Com suas características fascinantes e sua proximidade relativa à Terra, o sistema de HL Tauri é um dos objetos de maior interesse para a comunidade de ciências planetárias da astronomia moderna.
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#3: Tempestades em solo marciano!
Tempestades de areia são comuns em Marte. Em 2018 um tempestade global cobriu os painéis solares do robô Opportunity, encerrando sua missão. Mas você também pode testemunhar tempestades de poeira vermelha em solos em processo de desertificação na Terra. #AstroMiniBR https://t.co/IFqzxzPxwP pic.twitter.com/MUeRkoDNQC
— Projeto Céu Profundo (@CeuProfundo) March 23, 2024
As tempestades em Marte são fenômenos climáticos impressionantes e frequentes, que ocorrem devido às condições atmosféricas únicas do planeta. A atmosfera marciana, composta principalmente de dióxido de carbono, é extremamente fina, o que permite que ventos se formem facilmente.
Em Marte, tempestades de poeira podem atingir velocidades de até 100 km/h, levantando partículas finas de poeira da superfície e criando nuvens que podem cobrir grandes áreas do planeta. Em algumas ocasiões, essas tempestades podem se intensificar a ponto de envolver todo o planeta, durando de algumas semanas até vários meses, tornando-se verdadeiras tempestades globais.
Essas tempestades têm um impacto significativo na exploração de Marte, especialmente para missões com equipamentos movidos a energia solar.
A poeira em suspensão pode bloquear a luz solar, diminuindo a eficiência dos painéis solares e afetando o funcionamento dos rovers e sondas na superfície. Além disso, a poeira fina pode infiltrar-se nos mecanismos desses equipamentos, causando desgaste e possíveis falhas.
Os cientistas têm buscado compreender a dinâmica e os padrões dessas tempestades como aspecto crucial para o planejamento de futuras missões tripuladas ao planeta vermelho, de modo a garantir que os eventuais astronautas possam se preparar adequadamente para enfrentar esses desafios climáticos únicos.
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