Recentemente, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) publicou vídeos que apresentam a história de duas remanescentes de supernovas: Cassiopeia A (Cas A) e Nebulosa do Caranguejo.
A agência espacial aponta que coletou dados de ambos os objetos cósmicos por aproximadamente 20 anos, por meio do telescópio espacial Observatório de Raios-X Chandra. Ambos os vídeos apresentam diferentes mudanças na radiação e nas rochas que sobraram após a explosão das supernovas.
A Nebulosa do Caranguejo explodiu há quase um milênio e está a cerca de 6,5 mil anos-luz de distância da Terra; a observação do objeto foi relatada por astrônomos chineses e outros cientistas que viveram em meados de 1054. A ciência explica que o resultado dos processos químicos da explosão formaram um pulsar no centro da nebulosa, que aponta para a Terra como um farol cósmico.
Cassiopeia A é um remanescente formado há 340 anos e está localizado a mais de 11 mil anos-luz do nosso planeta. A partir dos dados, os cientistas puderam observar que Cas A apresenta ondas de choque em expansão originadas pela explosão. Além disso, seu núcleo abriga uma estrela de nêutrons.
“Esses dois filmes dos remanescentes das supernovas Cassiopeia A e Nebulosa do Caranguejo mostram as capacidades do Chandra de documentar mudanças em objetos astronômicos ao longo de períodos humanos. Mudanças dramáticas são aparentes nos detritos e na radiação remanescentes após a explosão destas duas estrelas massivas na nossa galáxia. Esses filmes de lapso de tempo não seriam possíveis sem os arquivos do Chandra, que servem como repositórios públicos para os dados coletados ao longo dos quase 25 anos de operações do Chandra”, é descrito em uma publicação da NASA.
Supernovas: 20 anos em 20 segundos
Ao todo, a missão Chandra fez observações da Nebulosa do Caranguejo durante 22 anos. Inclusive, não é o primeiro vídeo de lapso de tempo que a NASA lança sobre o objeto cósmico: o primeiro mostrou algumas diferenças que ocorreram entre 2000 e 2001.
Na imagem, Cassiopeia A é apresentada à esquerda; a Nebulosa do Caranguejo está à direita.Fonte: NASA
As observações de Cassiopeia A foram executadas por aproximadamente 19 anos. Originalmente, Cas A foi detectada em 1947, mas foi localizada pela NASA apenas em 1999, quando o telescópio Chandra foi lançado no espaço.
“Ao longo dos anos, os astrônomos usaram o Chandra para descobrir evidências de um 'superfluido' dentro da estrela de nêutrons de Cas A, para revelar que a estrela massiva original pode ter virado do avesso quando explodiu e para dar um passo importante na identificação de como as estrelas gigantes explodem. A [missão] Chandra também mapeou os elementos forjados dentro da estrela, que agora estão se movendo para o espaço para semear a próxima geração de estrelas e planetas”, a NASA explica.
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