No dia 8 de abril, milhares de residentes de algumas regiões do México, Estados Unidos e Canadá puderam observar a totalidade do eclipse solar durante cerca de quatro minutos. A duração do evento foi de mais de uma hora, mas o bloqueio total ocorreu por apenas alguns minutos. A maioria da população não conseguiu observá-lo ao vivo, já que o fenômeno é considerado raro e acontece, em média, a cada 375 anos em um mesmo lugar.
Apesar de serem considerados raros, os eclipses solares totais ocorrem a aproximadamente cada 18 meses, sempre em regiões distintas do planeta. Felizmente, a ciência sabe como prever todos os eclipses que acontecerão nos próximos anos, e até mesmo os que já ocorreram; inclusive, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) possui um catálogo com centenas de eclipses que ocorreram no passado.
O eclipse solar total é produzido a partir de um alinhamento aparente entre o Sol, a Lua e a Terra, quando o satélite natural fica posicionado exatamente entre os outros dois corpos celestes e bloqueia toda a luz solar em uma região específica do planeta. O último evento do tipo na América do Norte ocorreu em 2017.
“Os eclipses solares acontecem a cada poucos anos na Terra, mas o caminho da totalidade tem apenas cerca de 160 quilômetros de largura. Em dois terços das vezes, o caminho da totalidade passará pelos oceanos. Portanto, não é que os eclipses sejam raros, mas é raro que o eclipse passe nas proximidades”, disse o professor associado de física da Universidade de Nevada (EUA), Jason Steffen, em mensagem ao site Space.
Como é comum de ocorrer a cada quase dois anos, os entusiastas do fenômeno poderão observá-lo daqui a pouco mais de um ano. Afinal, quando acontecerá o próximo eclipse solar total?
Data do próximo eclipse solar total
Conforme as previsões científicas, o próximo eclipse solar total está marcado para acontecer no dia 12 de agosto de 2026 (quarta-feira). Dessa vez, os moradores de diferentes regiões da Groenlândia, Islândia, Portugal, Rússia e Espanha poderão assistir à totalidade do fenômeno, mas ele também poderá ser apreciado de forma parcial em outros países.
Além de o calendário da NASA detalhar todos os eclipses solares e lunares que aconteceram nos últimos dois mil anos, ele também apresenta todos os eventos do tipo que acontecerão até os anos 3000. Por exemplo, já sabemos que no dia 27 de janeiro de 2837, um eclipse solar total ocorrerá na região sul do México.
Por conta do afastamento constante da Lua, a ciência explica que os eclipses solares totais não acontecerão para sempre.Fonte: GettyImages
Além dos fenômenos totais, também acontecem eclipses solares parciais e anulares com mais frequência; o próximo evento anular está previsto para o dia 2 de outubro de 2024 e poderá ser observado em regiões do Chile e da Argentina. No Brasil, o último eclipse solar anular foi observado em outubro de 2023.
“O céu vai escurecer, como se fosse amanhecer ou anoitecer. Se o tempo permitir, as pessoas no caminho de um eclipse solar total podem ver a coroa do Sol, a atmosfera externa, que normalmente é obscurecida pela face brilhante do Sol. Um eclipse solar total é o único tipo de eclipse solar em que os espectadores podem remover momentaneamente seus óculos de eclipse (que não são iguais aos óculos de sol normais) durante o breve período em que a Lua está bloqueando completamente o Sol”, a NASA explica.
Calendário de eclipses solares totais nos próximos dez anos:
- Agosto de 2026;
- Agosto de 2027;
- Julho de 2028;
- Novembro de 2030;
- Novembro de 2031;
- Março de 2033;
- Março de 2034.
Quando acontecerá o próximo eclipse solar total no Brasil?
No Brasil, o último eclipse solar total foi observado em agosto de 1994; desde então, os brasileiros só puderam assistir ao evento se viajassem para outros países. Infelizmente, o próximo eclipse solar total visível em parte do Brasil só ocorrerá em agosto de 2045; apenas um ano depois, em agosto de 2046, os brasileiros poderão observar um 'repeteco' da experiência.
A NASA explicou que os eclipses solares totais deixarão de existir daqui aproximadamente 600 milhões de anos, quando o tamanho aparente da Lua estiver pequeno demais para cobrir o Sol. Isso acontece por que o satélite natural está lentamente se afastando da Terra, são cerca de 4 centímetros de distância a cada ano.
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