Um estudo de autoria do físico Rajendra Gupta, professor da Universidade de Ottawa, no Canadá, propõe um novo modelo cosmológico para explicar o Universo. Em vez do tradicional CDM (Lambda-Matéria Escura Fria, no acrônimo em português), que se baseia no Big Bang, na "matéria normal", “energia escura” e “matéria escura”, o modelo traz a combinação de duas ideias revolucionárias.
Chamada de CCC+TL, a nova teoria junta as teorias das constantes de acoplamento covariantes (CCC) à da “luz cansada” (TL) em um "combo". O modelo propõe "sobre como as forças da natureza diminuem ao longo do tempo cósmico e sobre a perda de energia da luz quando viaja uma longa distância", diz um comunicado do autor.
Passando no primeiro teste, demonstrar como as galáxias estão espalhadas e como a luz do universo primitivo evoluiu, a descoberta entra em conflito o modelo em vigor, que sugere que a matéria escura compõe 27% da massa-energia do universo; a misteriosa energia escura, 68%; e tudo o que conhecemos, como estrelas, planetas e gás, apenas 5%.
Matéria escura existe no universo?
Rajendra Gupta diz: "não precisamos da matéria escura".Fonte: Getty Images
Mesmo os maiores cientistas do mundo reconhecem que a matéria escura não passa de um relato fantástico para explicar a expansão do universo.
O pomposo conceito de que ela não interage com a radiação eletromagnética significa que se trata de algo que ninguém nunca viu fisicamente, sendo apenas intuída por alguns efeitos gravitacionais observados na matéria que podemos ver.
Por isso, apresentar evidências para um modelo alternativo à matéria escura no universo abre novas portas para compreender a realidade em que vivemos.
Há necessidade de matéria escura no Universo?
Simulação de formação de matéria escura desde o começo do universo.Fonte: Tom Abel & Ralf Kaehler (KIPAC, SLAC), AMNH
Ainda segundo Gupta, não há necessidade do conceito de matéria escura em nossa compreensão do universo. A CCC+TL propõe que a expansão acelerada do universo seja só o resultado do enfraquecimento das forças da natureza, à medida que essa inflação cósmica ocorre. Isso também confronta a compreensão dominante sobre a presença de energia escura.
Além de analisar estudos recentes sobre a distribuição de galáxias em baixos redshifts (relativamente próximas e mais lentas), Gupta também avaliou o tamanho angular dos chamados "horizontes sonoros", que são padrões existentes nas distribuições de estrelas e gás nas galáxias, parecidos com ondas sonoras.
E sua conclusão é: “As descobertas do estudo confirmam que o nosso trabalho anterior sobre a idade do Universo ser 26,7 bilhões de anos nos permitiu descobrir que ele não necessita de energia escura para existir”. Ele defende que a rápida expansão do universo, supostamente causada pela energia escura, "na verdade, se deve ao enfraquecimento das forças da natureza à medida que ela se expande, e não à energia escura".
E agora? Será que o estudo do físico, Rajendra Gupta está correto? Conta para a gente o que você achou desta teoria em nossas redes sociais. Até breve!
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