Recentemente, o comandante do Comando Espacial dos Estados Unidos, general Stephen Whiting, revelou que os EUA podem enfrentar um tipo de 'janela de vulnerabilidade' no espaço durante os próximos anos. Em um discurso realizado na Comissão dos Serviços Armados do Senado, Whiting disse que espera que o país passe por alguns problemas sérios envolvendo outros grandes governos.
Em 1967, foi lançado um documento que visava manter os países em paz e, assim, evitar quaisquer embates militares no espaço; ele foi nomeado de Tratado do Espaço Exterior, também conhecido como Tratado do Espaço Sideral. No discurso, o general explicou que a Rússia e a China são as nações que mais ameaçam os Estados Unidos, afinal, ambas estão desenvolvendo armas anti-satélite.
Uma guerra espacial pode se tornar um grande problema nos próximos anos, principalmente entre os Estados Unidos, Rússia e China.Fonte: Getty Images
Em casos de guerras modernas, os satélites espaciais são de extremamente importância para qualquer nação, já que são eles que fornecessem a utilização de internet e possibilitam diferentes meios de comunicação. Por exemplo, após meses de guerra entre a Rússia e Ucrânia, o serviço via satélite da SpaceX permite que os soldados e os civis continuem conectados.
"As ações da China e da Rússia transformaram o espaço em um domínio de combate contestado. [A China] aumentou drasticamente sua capacidade de monitorar, rastrear e mirar forças dos EUA e aliadas tanto em terra quanto em órbita. A Rússia também continua a desenvolver, testar e demonstrar suas capacidades de contraespaço, apesar de não ter alcançado seus objetivos de guerra com a invasão da Ucrânia", disse Whiting ao Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA, ao comentar que China enviou 359 satélites de inteligência para a órbita da Terra.
Guerra nas estrelas
O general afirma que, atualmente, as forças espaciais dos Estados Unidos estão configuradas para operar em um ambiente espacial sem ameaças ou conflitos. Ou seja, caso o espaço se torne mais hostil em um futuro próximo, o país pode estar em desvantagem com as ações recentes da China e Rússia envolvendo a escalada militar.
Segundo o Tratado do Espaço Exterior, o espaço não está sujeito a nenhum tipo de apropriação por qualquer país, seja pela simples ocupação espacial ou qualquer outro meio. O grande problema é que, aparentemente, as nações que estão desenvolvendo tecnologias espaciais não parecem estar mais preocupadas com o tratado.
“[A China] está se movendo com uma rapidez impressionante no espaço. A América do Norte deve aumentar rapidamente a oportunidade, a qualidade e a quantidade dos nossos sistemas nacionais críticos de defesa espacial e antimísseis para corresponder à velocidade da China e manter a nossa vantagem. As nossas forças hoje estão otimizadas para um ambiente espacial benigno”, acrescentou Whiting durante seu discurso.
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