Nos últimos anos, o planeta tem enfrentado um aumento significativo de eventos climáticos extremos, com furacões liderando o ataque em sua capacidade de destruição. Por esse motivo, os cientistas querem introduzir, uma nova classificação: a categoria 6, que surge após a observação de furacões com intensidades extraordinárias e sem precedentes.
A nova categorização, surge após cinco tempestades devastadoras que ocorreram desde 2013, cada uma delas superando a intensidade máxima da categoria 5 da escala de furacões de vento de Saffir-Simpson.
Tempestades intensificadas geram debate
A escala tradicional, que atinge o máximo de categoria 5, indica furacões que atingem velocidades de vento de 252 quilômetros por hora. As tempestades são conhecidas pelos seus efeitos catastróficos, muitas vezes deixando áreas inabitáveis por longos períodos.
No entanto, a recente onda de tempestades ultrapassou esses números, o que levou à revisão da escala. Os pesquisadores observaram velocidades de vento superiores a 309 quilômetros por hora, sinalizando uma nova era de intensidade de tempestades.
O furacão Patricia, o tufão Meranti, o tufão Goni, o tufão Haiyan e o tufão Surigae ultrapassaram esse novo limite. O furacão Patricia, em particular, estabeleceu um recorde em 2015 como o ciclone tropical mais potente já registrado no hemisfério ocidental, com velocidades de vento que ultrapassaram 346 quilômetros por hora.
O furacão Patrícia que atingiu o México em 2015 registrou ventos superiores a 340 km/h.Fonte: Getty Images/ NOAA/ Handout
O papel das mudanças climáticas
As tempestades estão aumentando de intensidade. As mudanças climáticas são um fator desencadeante, afetando furacões e tufões de diversas maneiras. O aumento da temperatura da superfície do mar alimenta essas tempestades com mais energia, levando a um aumento de intensidade e velocidade.
Além disso, é possível que as mudanças climáticas atrapalhem o movimento dos furacões, permitindo que essas tempestades causem uma devastação prolongada em áreas específicas.
Pesquisadores como Michael Wehner e James P. Kossin enfatizaram o papel do aquecimento global antropogênico nesta tendência. Eles apontam para o aumento das temperaturas do oceano e do ar nas áreas de ciclones tropicais, o que contribui para o aumento da intensidade potencial do vento nessas áreas.
Um apelo ao reconhecimento e à preparação
A Categoria 6 ainda não foi reconhecida por órgãos como a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA). Contudo, a discussão sobre este tema não é recente e está se tornando mais relevante à medida que a crise climática se aprofunda.
O Dr. Daniel Kingston, professor sênior da Universidade de Otago, enfatiza a relevância desta categorização para a comunicação eficaz da escalada esperada na velocidade dos ventos dos ciclones tropicais devido às mudanças climáticas.
Mantenha-se atualizado sobre os impactos das mundanas climáticas em nosso planeta aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para descobrir também, como são escolhidos os nomes dos furacões.
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