Em uma nova imagem divulgada recentemente pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA), astrônomos apresentam as galáxias espirais UGC 05028 e UGC 05029 colidindo em um processo de fusão. Além disso, é possível ver uma brilhante região de formação de estrelas ao redor das duas galáxias, as quais são coletivamente chamadas de Arp 300.
A agência espacial norte-americana explica que UGC 05028 é uma galáxia um pouco menor que sua parceira cósmica, conhecida como UGC 05029; é justamente a galáxia maior que puxou a estrutura cósmica menor por meio do seu poderoso campo gravitacional. Ambas não são fáceis de serem visualizadas por meio de telescópios terrestres, mas a imagem fotografada pelo Hubble apresenta os detalhes distintos de cada uma.
As galáxias UGC 05028 e UGC 05029 são apresentadas na parte central da imagem, bem como estrelas representadas pelas cores azuis. Há também outras cinco galáxias distantes de fundo na parte inferior da imagem. Fonte: NASA / ESA /J. Dalcanton / R. Windhorst / Processing: Gladys Kober
Os cientistas perceberam que a UGC 05028 tem uma estrutura assimétrica e irregular, contudo, é provável que isso aconteça por conta da 'dança gravitacional' com a galáxia maior. As duas estruturas massivas podem ser observadas de frente na imagem divulgada pelo telescópio Hubble, apresentando suas protuberâncias e braços espirais em constante brilho.
“UGC 05029 tem uma estrutura espiral pronunciada e múltiplas estrelas gigantes azuis quentes visíveis no lado voltado para UGC 05028. Esta formação estelar aprimorada é provavelmente devido à interação entre as duas galáxias. Outra galáxia espiral de perfil é visível nesta imagem abaixo da UGC 05029, mas é demasiado tênue para ser resolvida em regiões de formação estelar, enquanto os cinco objetos dispostos acima dela são provavelmente um grupo de galáxias distantes de fundo”, a NASA descreve.
Hubble e galáxias em colisão
Na imagem, é possível observar que a UGC 05028 emite um nó brilhante característico próximo do seu núcleo, que não deve durar muito tempo a depender da força da galáxia UGC 05029. Os pesquisadores explicam que quando o processo de fusão estiver concluído, é possível que a galáxia menor seja totalmente absorvida por UGC 05029.
Segundo a NASA, a observação do Hubble sobre o par de galáxias foi realizada para os cientistas estudarem as características físicas gerais das galáxias e seus processos de formação de estrelas. Foi essa interação entre as duas que causou o rápido nascimento de diversas estrelas na região, considerada uma dinâmica importante da formação estelar.
“O nó brilhante visível a sudeste do centro de UGC 05028 pode ser o remanescente de outra pequena galáxia que está em processo de fusão com aquela galáxia. Se for este o caso, esse remanescente acabará por se fundir com a barra de estrelas visível nas imagens da UGC 05028 do Hubble, formando um bojo central semelhante ao da maior galáxia companheira da Arp 300, UGC 05029”, a NASA acrescenta.
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