A remanescente Cassiopeia A (Cas A) é o resultado da explosão de uma estrela que se transformou em uma supernova e, atualmente, é considerada um dos objetos cósmicos mais estudados pelos astrônomos. Apesar disso, uma recente observação realizada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) revelou mais informações valiosas sobre os comprimentos de luz da estrela moribunda Cas A.
Os dados da remanescente de supernova são detalhados por meio dos diferentes comprimentos de onda de luz, mas os instrumentos espaciais ainda não conseguiram revelar todos os seus detalhes. Por meio da câmera de infravermelho próximo (NIRCam) na nova investigação, do James Webb, os cientistas conseguiram detectar pequenos nós de gás e ecos de luz que sobraram da explosão estelar.
Na nova imagem divulgada pela NASA, é possível observar algumas características impressionantes de Cas A, como emissões de gás ionizado em forma de buracos circulares nas cores brancas e roxas. Os astrônomos também notaram que a fotografia não apresenta um loop de luz verde no núcleo da concha interna da remanescente, que foi visualizado em outra imagem coletada pela câmera de infravermelho média (MIRI) do JWST.
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"Com a resolução do NIRCam, podemos agora ver como a estrela moribunda se despedaçou totalmente quando explodiu, deixando para trás filamentos semelhantes a pequenos fragmentos de vidro. É realmente inacreditável, depois de todos estes anos a estudar Cas A, resolver agora esses detalhes, que nos estão a fornecer uma visão transformacional sobre como esta estrela explodiu”, disse o líder da investigação e associado da Universidade Purdue, Danny Milisavljevic, em um comunicado oficial.
James Webb e Cassiopeia A
Em abril, o MIRI já havia revelado novas características da camada interna de Cassiopeia A, mas algumas delas são invisíveis ao NIRCam, por isso, o núcleo esverdeado não aparece na nova imagem.
Contudo, a câmera de infravermelho próximo também apresenta diferentes atividades do objeto cósmico. Por exemplo, as partes em laranja e rosa claro mostram detalhes da camada mais interna de Cas A, como nós de gás compostos por enxofre, oxigênio, argônio e néon.
A remanescente de supernova Cassiopeia A (CAS A) se estende por aproximadamente 10 anos-luz de diâmetro; ela deve ter explodido há cerca de 340 anos.Fonte: NASA / ESA / CSA / STScI / Danny Milisavljevic / Ilse De Looze / Tea Temim
De acordo com um comunicado oficial da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA), os cientistas também ficaram surpresos com uma grande bolha no canto inferior da imagem fotografada pelo NIRCam. Trata-se da Baby Cas A, um tipo de remanescente criado pela supernova principal.
“Este é um eco de luz, onde a luz da explosão ocorrida há muito tempo na estrela alcançou e está aquecendo poeira distante, que está brilhando à medida que se resfria. A complexidade do padrão de poeira e a aparente proximidade de Baby Cas A com Cas A em si são particularmente intrigantes para os pesquisadores. Na realidade, Baby Cas A está localizado cerca de 170 anos-luz atrás do remanescente da supernova”, é descrito no site da NASA.
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