O último espetáculo! Saiba como surgem as Novas, Supernovas, Hipernovas e as Kilonovas

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Nova, Supernova, Hipernova e Kilonova, você já leu ou ouviu esses termos? Quando falamos na vida e evolução das estrelas, alguns nomes semelhantes podem aparecer. Mas sabia que eles designam fenômenos diferentes?

Tamanhos, sistemas, brilho, cada um desses nomes está ligado a forma como um estrela entra em colapso e passa seus últimos dias. Descubra quais são as diferenças e tenha um outro olhar sobre a música "Brilha, brilha estrelinha".

A história das Novas

Existem muita teorias sobre quando foi o primeiro registro de uma Nova ou Supernova. Para alguns, o primeiro registro é bíblico, com a conhecida estrela de Belém.

Porém o termo Nova, foi cunhado por Tycho Brahe, quando em 1572, quando observou o que ele acreditava ser o nascimento de uma estrela. De brilho intenso no céu, a estrela da constelação de Cassiopeia, deu uma falsa ilusão de nascimento. Ela era, na verdade, o último espetáculo de uma estrela.

Tycho Brahe foi um matemático e astrônomo dinamarquês. O primeiro a registrar uma estrela supernova.Tycho Brahe foi um matemático e astrônomo dinamarquês. O primeiro a registrar uma estrela supernova.Fonte:  Getty Images 

Morre uma estrela

Antes de falar sobre o seu fim, vamos falar sobre como elas são formadas. As estrelas são compostas basicamente por hidrogênio e hélio. No início, uma grande nuvem de poeira e gás vai aos poucos se condensando.

A gravidade cumpre seu papel atraindo essas partículas, gerando movimento e calor, dando ignição a queima do hidrogênio. Em um ciclo contínuo de reações termonucleares, o hélio é formado, como produto da fusão das moléculas de hidrogênio.

E assim, nessa dança cósmica, mantendo o equilíbrio entre um núcleo pesado e uma superfície flamejante, os elementos vão se desgastando no decorrer de bilhões de anos. Quando o combustível acaba, as forças que mantém as estrelas em equilíbrio desaparecem e a estrela entra em colapso.

A estrela poderá se tornar uma Nova, Supernova, Hipernova ou Kilonova, dependendo de sua categoria.A estrela poderá se tornar uma Nova, Supernova, Hipernova ou Kilonova, dependendo de sua categoria.Fonte:  NASA - JPL 

Todavia as condições dessa ruptura e potencial morte, irá depender de alguns fatores, como por exemplo, a qual categoria essa estrela pertence.

As estrelas são categorizadas por uma série de fatores, como: grandeza, luminosidade e espectro. E daí nascem as Novas, Supernovas, Hipernovas e Kilonovas, em uma explosão capaz de iluminar uma galáxia inteira.

Nova

As Novas são oriundas de um sistema duplo de estrelas, anãs-brancas e gigantes vermelhas, próximas o suficiente para "trocar" material.  A anã-branca é uma estrela pequena, quente e densa, que quando entra em contato com o material de sua gigante companheira, gera novas fusões.

Com isso, grandes explosões luminosas são geradas e essa troca pode ser manter indefinidamente enquanto houver material disponível.

A Nova mais conhecida fica na Constelação Corona Borealis.A Nova mais conhecida fica na Constelação Corona Borealis.Fonte:  Getty Images 

Supernova

As supernovas são criadas por estrelas gigantes e podem ocorrer por fatores diversos. São classificadas como: tipo I, que podem ser subdivididas em Ia, Ib e Ic, e pelo menos 3 classes de SN tipo II. A categorização ocorre devido a seu brilho intenso e aos elementos encontrados no seu espectro. A sua explosão gera um brilho intenso que pode durar alguns meses no céu.

Sistemas duplos como os das Novas também podem gerar supernovas. Nesse caso, as anãs-brancas captam material além do limite de Chandrasekhar, gerando mais brilho e explosões mais robustas.

O colapso nuclear da estrela gera uma explosão capaz de iluminar seus arredores, ofuscando inclusive a galáxia onde o fenômeno ocorre.O colapso nuclear da estrela gera uma explosão capaz de iluminar seus arredores, ofuscando inclusive a galáxia onde o fenômeno ocorre.Fonte:  Getty Images 

Hipernova

Associadas a formação de buracos negros supermassivos e a liberação de explosões de raio gama, as hipernovas são consideras a forma plus premium das supernovas. Atingindo brilhos explosivos de magnitudes de 10 e até 100 vezes maiores, são espetáculos a parte no universo.

Ainda há discussão se as hipernovas de fato devem se manter como uma categoria a parte, ou se devem ser classificadas apenas como supernovas ultra brilhantes.

Hipernovas podem gerar buracos negros supermassivos.Hipernovas podem gerar buracos negros supermassivos.Fonte:  Getty Images 

Kilonova

Uma finitude rara. A Kilonova é o resultado da colisão entre duas estrelas de nêutrons. As estrelas de nêutron são estrelas extremamente densas, quentes e com um forte campo gravitacional. São muito difíceis de serem encontradas.

Isso explica o fenômeno ter sido observado pela primeira vez apenas em 2017. De acordo com algumas teorias, as Kilonovas podem ser as responsáveis pela dispersão de elementos pesados no universo. Sendo uma descoberta recente, astrônomos e astrofísicos ainda se debruçam sobre essa forma de evolução estelar.

Kilonovas nascem da colisão entre estrelas de nêutrons.Kilonovas nascem da colisão entre estrelas de nêutrons.Fonte:  Getty Images 

O espetáculo final do nosso Sol

Nosso astro rei é um senhor de meia idade, que um dia também fará seu último grande espetáculo. De massa pequena, nosso astro maior um dia se expandirá em uma gigante vermelha, em uma fase de transição, depois contrairá em uma anã-branca.

Os últimos dias do nosso Sol será como uma anã-branca.Os últimos dias do nosso Sol será como uma anã-branca.Fonte:  Getty Images 

Sejam por colapsos nucleares, colisões, roubo de material ou por tantas outras maneiras, a morte das estrelas sempre gera um espetáculo único. Talvez a estrela mais brilhante no céu não seja uma estrela jovem e sim, uma anciã dando seu último adeus.

Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais curiosidades como essa aqui no TecMundo e aproveite para descobrir sobre a suposta supernova que quase destruiu o Sistema Solar.


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