A comparação entre um dinossauro e uma simples florzinha é a prova viva (ou extinta?) de que as aparências enganam – e muito. Vamos testar: você apostaria que uma planta é mais resistente do que um Tiranossauro Rex?
Se você chutou que sim, parabéns! Se, por outro lado, você não chutou nada e está questionando a veracidade dessa resposta, não se preocupe que vamos explicar.
No Mito ou Verdade de hoje, decidimos trazer mais respostas sobre aquela pergunta que você ficou se fazendo às 3h da manhã algumas horas depois afirmar que ia dormir cedo. Afinal, uma plantinha aí do seu quintal já existia na época em que os dinossauros dominavam a Terra?
Dinossauros conviviam com as mesmas plantas que conhecemos hoje? (Foto: GettyImages)
Plantas já existiam na era dos dinossauros?
A resposta mais curta é que sim, algumas das plantas que temos hoje na Terra já existiam na era dos dinossauros, um período de aproximadamente 180 milhões de anos, começando no Triássico Superior e terminando no final do Cretáceo, há cerca de 65 milhões de anos.
Ou seja, ao contrário dos dinossauros que foram extintos em massa após a queda do meteoro, as flores escaparam quase ilesas e evoluíram ao ponto de se tornarem o tipo dominante de planta que são hoje. É o que mostrou o estudo divulgado pela revista científica Biology Letters.
Para a pesquisa, os cientistas usaram um método de estudo chamado nascimento-morte para fazer uma estimativa de quantas espécies de angiospermas teriam sido extintas ao longo da história. Ao todo, foram examinadas as mutações de sequências de DNA de pouco mais de 70 mil espécies de plantas com flores.
O resultado foi impressionante: a maioria das famílias de angiospermas já existia na era dos dinossauros e conseguiu sobreviver após a queda do meteoro. E como isso foi possível?
Sobreviventes
Segundo a pesquisa, as plantas precisaram de adaptar ao ambiente hostil e com a iluminação escassa após o impacto do asteroide. Para sobreviver, elas desenvolveram "estratégias" para espalhar suas sementes e otimizar a absorção de luz mesmo com pouca claridade.
Ancestrais da hortelã, magnólia e orquídeas já existiam no período Triássico
“Depois que a maioria das espécies da Terra se extinguiu no evento K-Pg [fim do período Cretáceo e o início do Paleógeno], as angiospermas aproveitaram a oportunidade, de maneira semelhante à forma como os mamíferos assumiram após os dinossauros”, comentou Jamie Thompson, autor do estudo. “E agora praticamente toda a vida na Terra depende ecologicamente das plantas com flores”.
E foi assim que as espécies ancestrais do que conhecemos hoje, como orquídeas, magnólias e hortelãs, por exemplo, sobreviveram e conseguiram perpetuar a família.
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