A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou uma nova imagem capturada pelo Telescópio Espacial James Webb, apresentando mais detalhes da galáxia espiral conhecida como M51. Diferentemente de outras galáxias espirais já fotografas, a agência espacial afirma que a M51 possui um design grandioso com braços espirais proeminentes que se destacam na nova imagem.
A galáxia M51, também chamada de NGC 5194 ou Galáxia do Redemoinho, está localizada na constelação de Canes Venaticia a aproximadamente de 27 milhões de anos-luz de distância da Terra. A imagem foi capturada por meio dos instrumentos Near-InfraRed Camera (NIRCam) e do Mid-InfraRed Instrument (MIRI) — o telescópio James Webb possui os equipamentos de infravermelho mais poderosos no espaço.
Em comunicado, a equipe do telescópio afirma que as regiões da imagem com vermelho mais escuro representam a poeira filamentar que permeia o meio da galáxia; já as regiões em vermelho mais claro apresentam a luz reprocessada a partir dos dados de moléculas complexas; por último, o laranja e amarelo representam as regiões de gás ionizado por aglomerados estelares formados há pouco tempo.
O redemoinho cósmico é formado pela Galáxia do Redemoinho, com detalhes impressionantes em vermelho e, no centro, uma luz branca e azul emitida por estrelas e poeira cósmica no núcleo do objeto.Fonte: ESA/NASA/CSA/A. Adamo
“Os graciosos braços sinuosos da galáxia espiral de design grandioso M51 estendem-se por [toda] esta imagem obtida pelo Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA. Ao contrário do zoológico de galáxias espirais estranhas e maravilhosas com braços espirais irregulares ou interrompidos, as galáxias espirais de design grandioso ostentam braços espirais proeminentes e bem desenvolvidos como os mostrados nesta imagem”, a ESA descreve em comunicado oficial.
James Webb e o redemoinho cósmico
A Agência Espacial Europeia explica que a observação faz parte da missão Feedback in Emerging extrAgalactic Star clusTers (FEAST), um conjunto de observações realizado para compreender a interação entre o feedback estelar e a formação de estrelas em ambientes fora da Via Láctea.
A imagem acima apresenta apenas a captura do Near-InfraRed Camera (NIRCam), do Telescópio Espacial James Webb.Fonte: NASA/ESA/CSA/James Webb Space Telescope
Os cientistas explicam que é muito importante compreender o feedback estelar, um termo comumente utilizado para descrever o fluxo de energia das estrelas para os ambientes de formação de estrelas. Assim, será possível entender melhor o ciclo em que as estrelas se formam, as escalas de formação de planetas e anãs marrons, entre outras informações sobre nosso universo.
“O objetivo das observações do FEAST é descobrir e estudar berçários estelares em galáxias além da nossa Via Láctea. Antes de Webb se tornar operacional, outros observatórios, como o Atacama Large Millimeter Array, no deserto chileno, e o Hubble, deram-nos um vislumbre da formação estelar, quer no início (rastreando as densas nuvens de gás e poeira onde as estrelas se formarão) ou depois de as estrelas terem sido destruídas”, a ESA conclui.
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