Olhos biônicos começam a ser uma alternativa para recuperar a visão

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Após muitos testes em laboratórios, os primeiros olhos biônicos realmente funcionais estão próximos de chegar ao mercado europeu e norte-americano. Ao contrário do que acontece na ficção científica, no entanto, esses equipamentos não servem exatamente para dar visão de raios X a uma pessoa ou permitir que ela enxergue a longas distâncias.

Os implantes foram criados para facilitar a vida de quem ficou cego devido a problemas envolvendo a retina, como nos casos em que há degeneração macular ou retinopatia diabética, entre outras doenças degenerativas. Entre as opções disponíveis atualmente está o Argus II, da Second Sight, que promete ajudar na detecção de objetos e na leitura de textos em grandes dimensões.

Para instalar a invenção, é necessário investir US$ 115 mil em um procedimento que leva quatro horas para ser finalizado. Durante ele, uma antena acompanhada por uma lente equipada com câmeras é instalada na parte posterior do olho, o que fornece um display de 60 pixels para o cérebro interpretar.

Bio-Retina

Já o Bio-Retina, criado pela empresa Nano Retina, promete trazer resultados ainda mais animadores por US$ 60 mil. Em vez de depender de uma câmera externa, o dispositivo é instalado dentro do olho de um paciente, em uma região bem próxima à sua retina — processo que só leva 30 minutos e que depende somente de uma anestesia local.

(Fonte da imagem: Reprodução/Extreme Tech)

O equipamento adiciona um sensor com resolução de 24x24 pixels na retina danificada, acompanhado por um processador responsável por transformar os dados obtidos em pulsos elétricos enviados ao cérebro. Lá, eles são traduzidos em imagens com diferentes níveis em uma escala de cinza.

O mais interessante é a maneira como o Bio-Retina gera energia: o dispositivo vem acompanhado por lentes corretivas capazes de disparar um laser semi-infravermelho através da íris de uma pessoa até um sensor instalado na parte traseira do olho. Lá está instalada uma célula fotovoltaica capaz de gerar até 3 miliwatts, mais do que suficiente para manter o sistema funcionando.

Tecnologia em etapa inicial

Os primeiros testes em humanos do Bio-Retina devem ser iniciados em 2013, mas, assim como acontece com o Argus II, deve demorar um bom tempo até que a aprovação comercial do governo dos Estados Unidos seja concedida.

(Fonte da imagem: Reprodução/Extreme Tech)

Vale lembrar que essas não são as únicas iniciativas da área e que há vários grupos de cientistas pesquisando métodos de criar sensores ainda mais eficientes — infelizmente, até o momento ainda não há perspectivas de quando um deles será capaz de criar imagens coloridas.

Fonte: Extreme Tech

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